ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO
Orçamento da Câmara aprovado com elogios do PS e críticas do PSD
O Orçamento da Câmara de Castelo Branco para 2021, que ascende a quase 60 milhões de euros, foi aprovado, na Assembleia Municipal realizada na passada quarta-feira, 16 de dezembro, com 29 votos a favor, seis contra e duas abstenções.
Na apresentação, o presidente da Câmara, José Augusto Alves destacou que “é um orçamento rigoroso, equilibrado, ambicioso, que tem um caminho de sustentabilidade, assegurado pelo equilíbrio financeiro”.
José Augusto Alves salientou ainda que o orçamento “é de perto de 60 milhões de euros, o que representa mais 17 por cento em relação a 2020”.
Da bancada do Partido Social Democrata (PSD), Miguel Barroso referiu que “o orçamento é equilibrado, é certo”, para logo de seguida considerar que “é um orçamento sem ambição”, que revela “incapacidade de ir ao encontro dos anseios dos Albicastrenses”.
Para Miguel Barroso é ainda “um orçamento modesto, no qual falta uma postura proactiva para atrair investidores para o nosso concelho”, acrescentando que “é um orçamento que não cria incentivos à natalidade”, defendendo a necessidade de “promover uma política de apoio à família”.
As críticas vão ainda mais longe ao avançar que “é um orçamento em que não encontramos um argumento para a sustentabilidade; faltam medidas de apoio à classe média; que não olha para o turismo como um setor criador de riqueza; que continua a adiar o futuro do Concelho”, entre outros.
Uma opinião completamente diferente é sustentada por João Pereira, do Partido Socialista (PS), ao garantir que “é um orçamento ambicioso”, apontando para “o aumento de 50 para 60 milhões de euros”, mas “as mesmo tempo de equilíbrio, mantendo a saúde financeira da Câmara”.
Já Álvaro Batista, do PSD, este orçamento é sinal que “o executivo está gasto. Não tem outra estratégia para Castelo Branco”.
Na Assembleia Municipal foi também aprovado, com 30 votos a favor, cinco contra e três abstenções, o orçamento dos Serviços Municipalizados de Castelo Branco para 2021, que ascende a 18 milhões e 700 mil euros.
Moções sobre portagens da A23
registam votações diferentes
A Autoestrada da Beira Interior (A23) e a cobrança de portagens foi um dos temas em destaque na Assembleia Municipal de Castelo Branco realizada na passada quarta-feria, 16 de dezembro. Assim, na reunião deste órgão foram apresentadas duas moções sobre este tema, com uma a ser rejeitada e outra aprovada.
A primeira moção, apresentada pelo Partido Social Democrata (PSD) e subscrita pela Coligação Democrática Unitária (CDU), CDS/PP e Bloco de Esquerda (BE), foi rejeitada com 24 votos contra do Partido Socialista (PS), oito votos a favor e uma abstenção.
A moção referia que “considerando que a redução e posterior eliminação das portagens na A23 é uma antiga e legítima aspiração de toda a população Albicastrense, mostrando-se as mesmas como um importante fator de condicionamento do desenvolvimento económico e social do nosso concelho e de todo o Interior, a Assembleia Municipal de Castelo Branco congratula-se com a aprovação na Assembleia da República, pelo PSD, CDS/PP, BE e PCP, da proposta de alteração orçamental apresentada com esse objetivo, acrescentando ter a convicção de que as legítimas aspirações do Distrito em matéria de igualdade e coesão territorial só estarão cabalmente cumpridas quando, entre outros objetivos, for concretizada a abolição integral das portagens para todos os residentes e para as empresas aqui sediadas”.
Já uma moção apresentada pelo PS foi aprovada com 38 votos a favor, registando-se apenas um voto contra, do CDS/PP.
A moção socialista afirma que “tendo em consideração a recente aprovação em Assembleia da República do Orçamento do Estado para 2021 que prevê a redução das portagens na A23 e A25, a Assembleia Municipal de Castelo Branco congratula-se com o facto e reafirma a sua convicção de que é necessário ir-se mais longe e abolir definitivamente as portagens na A23 e A25, para que tal desejo muito antigo possa, finalmente, ser concretizado”.
António Tavares