EDITADO NO ÂMBITO DAS COMEMORAÇÕES DOS 250 ANOS DA ELEVAÇÃO DE CASTELO BRANCO A CIDADE
Livro recorda 250 anos da cidade de Castelo Branco
A partir de agora é mais fácil conhecer a história de Castelo Branco como cidade. Tudo, porque a Câmara de Castelo Branco, no âmbito das comemorações dos 250 anos da elevação de Castelo Branco a cidade, acaba de editar o livro ...que daqui em diante hajaõ a dita villa de Castello Branco por cidade, da autoria de Leonel Azevedo.
Na apresentação da obra, o presidente da Câmara de Castelo Branco, José Augusto Alves, realçou que se trata de “uma rica publicação” que surge no “âmbito das comemorações dos 250 anos da elevação de Castelo Branco a cidade”, sendo “um livro que retrata o início de todo esse processo”.
José Augusto Alves afirma que “o titulo do livro é elucidativo do documento”, referindo-se à carta de elevação a cidade”.
O autarca acrescentou ainda que é com obras como esta que “se constroem as memórias do que éramos, do que somos e do que vamos ser”.
Na mesma linha, o vereador da Cultura, Carlos Semedo, vê o livro como “um documento importantíssimo para a perspetiva histórica da cidade, a partir do documento que é a carta de elevação a cidade. Depois há a prespectiva do que aconteceu ao longo dos anos seguintes”.
Por isso não tem a menor dúvida que esta “é uma obra que vai marcar o que é a passagem de Castelo Branco de vila a cidade. Um documento ímpar que faz todo o sentido neste ano das comemorações dos 250 anos da elevação de Castelo Branco a cidade”.
Por seu lado, o autor da obra, Leonel Azevedo, começa por afirmar que “a obra merecia um trabalho mais elaborado, mais demorado, mais profundo, com menos solavancos de investigação”, até porque, devido à pandemia, “o aceso a informação é restrito e nalguns casos impossível”.
Acrescenta que o convite da Câmara para elaborar o livro foi feito “a 15 de outubro do ano passado e fiquei indeciso se devia ou não aceitar”, para concluir que “aceitei o desafio”.
Leonel Azevedo reforça que “o livro de algum modo falha em alguns aspetos. Podia ser muito melhor”, mas assegura que “toca nos pontos essenciais da elevação de Castelo Branco a cidade”, para avançar que “o que mexe com Castelo Branco são os serviços do Bispado e é isso que leva Castelo Branco a cidade”.
Assim recorda que “o Alvará Régio data de 20 de março 1771, sendo este o documento que despoleta o processo e não a elevação a cidade”, porque “a carta de elevação a cidade é de 15 de abril de 1771”. Pelo meio,”a 21 de março de 1771, o Rei D. José I solicita Letras Apostólicas ao Papa Clemente XIV, no sentido da elevação de Castelo Branco a diocese”, sendo que “a 15 de junho a Bula de Clemente XIV cria a sede de bispado em Castelo Branco”.
Ou seja, as vertentes política e religiosa estiveram sempre de mãos dadas na elevação de Castelo Branco à categoria de cidade. Uma categoria que, de acordo com Leonel Azevedo não traria de imediato grandes alterações para Castelo Branco, uma vez que já era vila notável e já tinha privilégios muito semelhantes aos das cidades.
O certo é que a partir de então Castelo Branco é cidade e na obra agora publicada é possível acompanhar vários aspetos importantes ocorridos ao longo dos últimos 250 anos.
António Tavares