Edição nº 1773 - 28 de dezembro de 2022

EM JANEIRO DE 2023 DEVERÁ REALIZAR-SE UMA ASSEMBLEIA MUNICIPAL EXTRAORDINÁRIA
Luta contra o fecho da Maternidade é consensual

A Assembleia Municipal de Castelo Branco aprovou, por unanimidade, na sessão realizada na passada quinta-feira, 22 de dezembro, uma moção contra o encerramento da Maternidade do Hospital Amato Lusitano (HAL) de Castelo Branco.
Na moção Todos têm direito à proteção da saúde e o dever de a defender e de a promover, apresentada pelo Partido Socialista (PS), é afirmado que “nos últimos tempos temos assistido a uma crescente preocupação relacionada com o eventual encerramento de serviços da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB)” e é realçado que “tal como o passado nos ensina, a problemática associada, particularmente, à Maternidade do Hospital Amato Lusitano não é nova. Por várias vezes, e em vários momentos, nas últimas duas décadas este assunto mereceu a tenção das comunidades, dos seus eleitos e das respetivas administrações hospitalares”.
Por isso, é defendido que “é premente que a ULSCB, através da sua administração, assuma uma visão de futuro para a saúde na região. Não podemos acomodar-nos. Exige-se proactividade e eficiência na captação e na estabilidade de recursos humanos qualificados e especializados”.
Pode também ler-se que “apesar de ainda se estar, supostamente, na fase de construção do estudo”, a posição é de “discordância absoluta com um cenário hipotético de encerramento da Maternidade ou a diminuição do número de serviços”.
Perante isto é defendido, “pelo contrário, que é urgente fomentar a coesão territorial criando para o efeito políticas públicas de saúde que permitam tornar mais atrativas estas instituições, que possibilitem a fixação de mais profissionais e, assim, alcancem a centralidade que desejam todos os Albicastrenses”.
A moção será agora enviada ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e ao Primeiro Ministro, António Costa, com conhecimento ao ministro da Saúde, à Administração Regional de Saúde do Centro e à ULSCB.
Antes da votação da moção, Miguel Barroso, da coligação do Partido Social Democrata/Centro Democrático Social – Partido Popular/Partido Popular Monárquico (PSD/CDS-PP/PPM), alertou que “a Comissão de Acompanhamento da Urgência de Ginecologia e Obstetrícia deixou no ar o fecho da Maternidade de Castelo Branco”, o que considera “contrário à coesão territorial” e reforçou que “esta possibilidade de encerramento existe mesmo”, pelo que “a Câmara deve ter um papel ativo neste processo”. Motivo que o levou a lançar um “repto”, dirigido ao presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, para que “convoque o Governo, o Ministério da Saúde e questione quais são os planos para a Maternidade de Castelo Branco”.
Leopoldo Rodrigues que na resposta sublinhou que “o presidente defenderá sempre os interesses de Castelo Branco” e revelou que “é intenção, no início de 2023, realizar uma Assembleia Municipal extraordinária, aberta á sociedade civil sobre a Maternidade e o apoio do reforço da ULSCB”.
António Tavares

28/12/2022
 

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