Edição nº 1773 - 28 de dezembro de 2022

Ródão acolhe primeira edição das Jornadas Cuidadores da Memória

As primeiras jornadas Cuidadores da Memória, organizadas pela Associação para o Desenvolvimento da Raia Centro Sul (ADRACES), Câmara de Vila Velha de Ródão, CMCD e a Academia Sénior de Vila Velha de Ródão, realizaram-se dia 22 de novembro.
O encontro reuniu vários especialistas, nomeadamente, Lopes Marcelo, investigador e promotor da salvaguarda da oralidade do território; Hélder Ferreira, presidente da PROGESTUR, associação cultural para a afirmação da identidade cultural de Portugal; Mário Correia, presidente do Centro de Música Tradicional Sons da Terra; Hélder Rodrigues, professor no Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão; Graça Batista, bibliotecária na Biblioteca Municipal José Batista Martins, em Vila Velha de Ródão; e Tom Hamilton, músico e investigador.
As jornadas permitiram dar a conhecer o projeto Cuidadores da Memória, onde a ADRACES, com o apoio e colaboração da Câmara, do CMCD e Academia Sénior de Vila Velha de Ródão, está a realizar um trabalho de terreno para levantamento dos traços da oralidade junto da população e instituições locais da Beira Interior Sul. Será este levantamento que gerará um estudo etnográfico que integrará todo o espólio gerado pelo trabalho de terreno, testemunhos e artigos de especialistas das áreas tratadas, a partir do qual serão gerados diversos produtos culturais para a valorização e divulgação do património estudado. A Rede Cuidadores da Memória está a ser desenvolvida no terreno através da recolha, salvaguarda, interpretação e recriação do legado histórico e identitário do território, em particular no que se refere aos alfabetos funcionais da oralidade popular, através do testemunho e partilha de saberes, e o património sineiro, através do resgate das memórias individuais e coletivas relativas ao património sineiro enquanto identidade local.
O vice-presidente da ADRACES e da Câmara de Vila Velha de Ródão, José Manuel Alves, salientou o trabalho que está a ser desenvolvido e os muitos exemplos partilhados como forma de preservar, estudar, interpretar, registar e divulgar as marcas identitárias.
Ana Correia Marques, presidente do CMCD, falou no interesse das populações locais e os atores de desenvolvimento para a importância do património imaterial como um dos pilares do desenvolvimento do território, valorizando os seus traços identitários.
Os participantes, neste espaço de partilha, tiveram ainda oportunidade de conhecer experiências desenvolvidas na Biblioteca Municipal José Batista Martins e de ver e ouvir, Maria Isaura e Leonel Gomes, dois tocadores de acordeão e de pedras, uma arte tão peculiar que muito contribui para a preservação da identidade do território.

28/12/2022
 

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