12 A 15 DE ABRIL
CCCCB recebe Encontro Internacional de Cidades Criativas
A Câmara de Castelo Branco organiza, de 12 a 15 de abril, no Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco (CCCCB), o I Encontro Internacional de Cidades Criativas e Desenvolvimento Sustentável, no âmbito da candidatura de Castelo Branco à Rede de Cidades Criativas da Unesco, na categoria de Artesanato e Artes Populares, com o Bordado de Castelo Branco.
O Encontro conta com a participação de escritores, historiadores, jornalistas, políticos e especialistas de todo Mundo, para pensar o futuro com a criatividade como base para tudo.
O país convidado é a Ucrânia. A tecelagem era um ofício importante para todas as famílias ucranianas, pois as pessoas produziam linho, toalhas, xailes, capas para bancos e tapetes, entre outras coisas. Da Ucrânia chegam, também, esculturas em madeira, pintura decorativa e olaria.
A candidatura de Castelo Branco às cidades criativas da Unesco com o Bordado fica muito mais rica com a discussão à volta do que já está a ser implementado em outros mercados e locais do globo.
O historiador e diretor da iniciativa Cidades Criativas da fundação catalã Kreanta, Félix Manito traça as decisões estratégicas e os novos desafios das cidades criativas. É o ponto de partida para um trabalho que se acredita ser vantajoso para todos integrantes e futuros integrantes como Castelo Branco.
Aprender com exemplos estrangeiros é um dos benefícios do programa. Paducah, uma cidade do Kentucky, EUA, conhecida como a cidade das colchas e que vem a Castelo Branco explicar o projeto Paducah Cidade Criativa, na categoria de artesanato e artes populares.
Já Tétouan, o segundo maior polo económico de Marrocos, abraça o artesanato desde a fundação da cidade no Século XV, com cerca de seis mil unidades artesanais vem relembrar, por exemplo, que o artesanato é uma atividade unificadora para as comunidades.
Onde o artesanato é, também, o principal motor da economia local é em San Cristóbal de las Casas, Chiapas, no México. Os habitantes locais juntam-se a um mundo moderno que lhes deve trazer futuro e bem-estar.
A arte da tecelagem marca presença através de Sokodé, no Togo. Uma vez mais, a vitalidade e dinamismo do artesanato são players importantes na economia local.
Castelo Branco dá, ainda, as boas-vindas à Ilha de Brava, Cabo Verde, e São Luiz do Paraitinga, no Brasil, com outras visões da temática geral.
Não podia, contudo, faltar uma abordagem mais pedagógica, com o ensino e a prática do artesanato e das artes populares, bem como, a importância do turismo criativo para a sustentabilidade territorial. Cultura, criatividade e desenvolvimento territorial devem andar de mãos dadas. A diretora regional da Cultura do Centro, Suzana Menezes, explica o porquê, depois de Montserrat Preja Eastway, a codiretora da Cátedra de Barcelona de Estudos Habitacionais falar da economia criativa como eixo estratégico para o desenvolvimento local, numa palestra partilhada com Ernesto Vilar Figueiras, professor da Universidade da Beira Interior (UBI).