Edição nº 1822 - 13 de dezembro de 2023

NO JANTAR DE NATAL
PSD critica liderança da Câmara de Castelo Branco

A Secção do Partido Social Democrata (PSD) de Castelo Branco, no jantar de natal realizado dia 2 de dezembro e que contou com a presença do vice-presidente do PSD, António Leitão Amaro, não poupou críticas ao Partido Socialista (PS) e à liderança da Câmara de Castelo Branco.
Na primeira intervenção da noite o presidente da Juventude Social Democrata (JSD) Castelo Branco. José Maria Coelho realçou que “há um ano atrás se falava na força que o PSD necessitava para realizar a travessia do deserto, perante uma maioria absoluta do Partido Socialista e um país pintado de cor-de-rosa. Hoje o PSD é a grande alternativa ao governo fracassado do doutor António Costa”.
No âmbito local José Maria Coelho destacou que “Castelo Branco teve, em 2022, a pior execução orçamental do século. Castelo Branco continua a não ter uma estratégia de fixação de jovens e empresas. Castelo Branco continua a deixar sair todos os anos centenas de Albicastrenses, porque não lhes oferece as condições para poder aqui viver e realizar os seus sonhos. Castelo Branco continua a achar que não precisamos de uma política de natalidade. Castelo Branco continua a achar que não devemos atrair mão de obra qualificada. Castelo Branco continua a achar que não deve ser uma cidade estratégica enquanto porta para a Europa e pedra filosofal nas relações Lisboa-Madrid”, para concluir que “também Castelo Branco se encontra sem rumo”.
As críticas continuaram com a intervenção do presidente da Distrital da JSD, João Diogo, que mencionou que naquele dia de manhã tinha estado presente na reunião do Conselho Estratégico Nacional do PSD, na Universidade Nova de Lisboa, no qual também participou enquanto convidada a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, que “nos dizia: «Sucesso significa ter efetivamente sucesso e não apenas potencial de sucesso». E é isto que Portugal precisa, de deixar de lado o discurso do Partido Socialista de que estamos a caminhar para crescer. Portugal precisa de mudar o rumo desta governação que já mais que nos mostrou que não é a solução, todavia é necessário que o líder do PSD apresente as suas ideias de desenvolvimento económico e social para o país de uma forma muita clara e precisa aos eleitores”.
Já o presidente da Comissão Política Concelhia do PSD de Castelo Branco, Pedro Lopes, destacou o Orçamento da Cãmara de Castelo Branco para 2024, “um Orçamento de 68.102,72 euros. Um orçamento que revela valores altíssimos de despesas correntes 43,4 milhões, representando 64 por cento do total do Orçamento, sobrando 24,1 milhões euros para investimento, os outros 36 por cento do Orçamento”.
Pedro Lopes realçou que “a rúbricas Outras abundam, no Orçamento Detalhado, quer nas componentes de despesa, quer nas componentes de receitas, sendo um sintoma de falta de clareza e transparência orçamental, e de falta de noção exata das fontes de financiamento e do destino a dar a valores avultados que ficam ao livre-arbítrio do executivo municipal, sendo impossível, após execução e contabilização nas mesmas rubricas, efetuar qualquer tipo de escrutínio minimamente critico”.
Para Pedro Lopes “este é um desequilíbrio estrutural que indicia uma política errada da Câmara. Na vez de reduzir as despesas correntes para aumentar as de capital, faz ao contrário, não investe no futuro, gasta os recursos em atividades correntes”.
Por isso sublinhou que “assistimos a um executivo camarário do Partido Socialista com falta de organização, estratégia, visão e ambição, perdendo oportunidades atrás de oportunidades, nomeadamente no assunto referente ao hospital privado, e mais recentemente com a ausência da candidatura da segunda fase ao programa Comércio Digital, já para não falar de outras promessas que ficaram por cumprir”.
Pedro Lopes, com base nesta análise, conclui que “o executivo municipal do Partido Socialista está a comprometer as gerações futuras de uma forma irreparável”.
Pelo meio Pedro Lopes fez questão de realçar que “o PSD de Castelo Branco contribuiu para algumas medidas positivas que temos hoje”, apontando para “os transportes tendencialmente gratuitos, com a redução substancial do preço dos passes; a devolução do IRS; a alimentação gratuita no Pré-Escolar e no 1.º e 2.º ciclo, com intenção de alargar ao 3.º ciclo, apoio ao pagamento das creches às famílias Albicastrenses”.
As intervenções continuaram com o presidente da Comissão Política Distrital do PSD de Castelo Branco, Luís Santos, que afirmou que “numa conjuntura histórica, num tempo único da nossa democracia, hoje são as propostas do PSD que marcam a agenda do País. Neste tempo ainda de pré-campanha eleitoral para Portugal, mas também de campanha eleitoral do Partido Socialista, fico estupefacto quando o arquiteto da geringonça, Pedro Nuno Santos, também ele se afirma como social-democrata. Hoje todos querem ser social democratas. E ainda bem, porque as propostas apresentadas pelo nosso presidente, são transversais e atentas aos problemas dos que menos recebem, nomeadamente os mais idosos, comprometendo-se a que, até ao final da legislatura, todos os pensionistas que beneficiam do Complemento Solidário para Idosos terão um rendimento mínimo de 820 euros, bem como todas as pensões serão aumentadas conforme o estipulado pela legislação”.
Luís Santos destacou ainda que “temos o dever de defender também, uma verdadeira reforma do Estado que não prejudique os Portugueses, uma reforma que não afogue os contribuintes em mais impostos para sustentar as clientelas do Partido Socialista. Que não nos inunde de dirigentes desnecessários e nomeados à pressa para inquinar a máquina da administração pública. De voltar a credibilizar uma CRESAP que se transformou numa máquina de validação dos boys socialistas. Queremos mérito e dirigentes com os quais nos identifiquemos enquanto cidadãos. Precisamos de um Estado eficiente e descolonizado de socialistas incompetentes”.
Por seu lado, o vice-presidente da Comissão Política Nacional do PSD, António Leitão Amaro, realçou “a necessidade do Partido estar unido, tal como ficou demonstrado no Congresso Nacional realizado em Almada, porque só através da união, o PSD consegue fazer frente a um conjunto de poderes instalados e ter a capacidade e a audácia de desmontar a retórica socialista que nos fez chegar praticamente à cauda da Europa”. António Leitão Amaro também abordou a importância de “uma oposição exigente e atenta que nunca deixou passar o desgoverno socialista, uma oposição com sentido de Estado, colocando o interesse dos Portugueses em primeiro lugar em assuntos que realmente interessam, sem tapar o Sol com a peneira, como é hábito do PS”.
Deixou ainda um desafio a “todos os militantes e simpatizantes acerca da importância do Distrito de Castelo Branco reconquistar o deputado perdido nas Legislativas de 2019 para o PS, pois só deputado a deputado, nos vários círculos eleitorais de Norte a Sul do País, o PSD consiga ter uma maioria parlamentar e assim formar governo na próxima legislatura”.

13/12/2023
 

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