António Tavares
Editorial
As questões relacionadas com a água, em especial com o Regadio a Sul da Gardunha, como refere o conhecido provérbio, Continuam a dar água pelas barbas na discussão política e partidária. Exemplo disso, foi a Assembleia Municipal de Castelo Branco realizada na passada quinta-feira, 27 de fevereiro, na qual, no período de antes da ordem do dia, o tema fez aquecer os ânimos e levou, inclusive, a uma interrupção da reunião deste órgão deliberativo.
É certo e garantido que a água é um bem precioso, escasso e indispensável para a vida e, por isso, toda e qualquer decisão que envolva este líquido deve ser cuidadosamente analisada e discutida, para que, mais tarde, não haja arrependimentos, por vezes irreversíveis, por más decisões que podem ter fortes repercussões no futuro.
Castelo Branco, atualmente, não sofre com a falta de água, como resultado da construção da Barragem de Santa Águeda/Marateca.
Mas nem sempre foi assim, muitos ainda se recordarão de quando o abastecimento de água era assegurado pela Barragem do Pisco e, chegado o verão, devido à sua pouca capacidade, a água deixava de correr das torneiras. Valia o recurso a garrafões e outros recipientes, para se ter água em casa e tomar um duche era uma verdadeira façanha, só possível a horas nada recomendáveis, quando o Sol ainda mal despontava.
Por isso, em nome do bom senso, há que por de lado os argumentos políticos e defender os interesses dos Albicastrenses, porque as alterações climáticas são uma realidade e, cada vez mais, a água será um bem a não desperdiçar.