Edição nº 1901 - 25 de junho de 2025

COM AUMENTO DE CERCA DE TRÊS MILHÕES DE EUROS
SEMPRE critica aumento do orçamento da Câmara

O SEMPRE – Movimento Independente critica a revisão do orçamento da Câmara de Castelo Branco, denunciando que de “cerca de 80 milhões de euros, foi agora aumentado para 83”. Por isso, na sessão extraordinária da executivo realizada na passada segunda-feira, 23 de junho, votou contra, com Jorge Pio, a realçar, em conferência de Imprensa realizada nesse dia, que “depois de uma revisão orçamental em fevereiro e outra em maio, o presidente da Câmara resolveu, de forma descarada e surpreendente, aumentar o orçamento em três milhões a menos de três de terminar o mandato. A três meses de eleições”.
Jorge Pio defende que “não podemos aceitar esta descapitalização dos cofres da autarquia desta forma tão descarada” e pergunta se “é a três meses que se planeia gastar mais três milhões de euros? Um milhão por mês? É para fazer face a uma necessidade urgente e importante para o Concelho?”, respondendo que “nada disso”. Questiona ainda se “será que resulta de uma gestão desequilibrada do orçamento, nomeadamente em gastos avultados que inicialmente não estavam previstos”, bem como “porque é que estas necessidades não foram previstas no orçamento inicial”.
Jorge Pio sublinha igualmente que “dois milhões e 200 mil euros são para despesas correntes, para espetáculo artísticos, 300 mil euros para outros serviços e um milhão e 100 mil euros em transferências para associações”.
Tudo para concluir que “é, sem dúvida, uma revisão orçamental exclusivamente com um objetivo eleitoralista. Pois, é que a incompetência tem sido tanta, nada de verdadeiramente importante e estruturante tem sido feito que, agora, pretende-se distribuir ainda mais dinheiro de forma rápida e ao monte”.
Para Jorge Pio, “o problema é que até agora este executivo já gastou muito do dinheiro que herdou, nomeadamente em dinâmicas sem valor acrescentado para a vida dos Albicastrenses e sem obra concluída que se veja” e realça que “neste momento há menos sete milhões de euros nas contas do município face ao que este executivo lá encontrou em 2021”.
As críticas vão mais longe, ao avançar que “esta decisão surge ao mesmo tempo que a Câmara arrisca perder mais fundos comunitários. Depois de perder dois milhões de euros para os Bairros Digitais, neste momento, a Câmara pode falhar a totalidade dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para financiar mais de 46 milhões de euros na habitação”.
Jorge Pio realça também que “uma vez que este aumento do orçamento é, exclusivamente, à custa do saldo de gerência da Câmara, significa que o presidente Leopoldo Rodrigues irá fechar o mandato com uma diminuição nas contas bancárias em 10 milhões de euros”, para mais à frente garantir que “Leopoldo Rodrigues só sabe gastar dinheiro que não arranjou” e conclui que “consciente do seu mau mandato, Leopoldo Rodrigues avança com uma fuga para a frente, mas à custa das disponibilidades financeiras do município”, sendo que “no nosso entender, esta é uma estratégia totalmente irresponsável e assustadoramente preocupante”.
António Tavares

25/06/2025
 

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