Ridículo
Há alguns anos o programa Polis fez algumas intervenções em Castelo Branco. Umas bem-feitas e com sentido, mas outras, demasiadas, perfeitamente ridículas. Exemplo disso é o Largo da Sé, onde o espaço verde se transformou num local impróprio para se estar nos dias de calor. É verdade que as árvores são algumas, mas as suas características é que deixam muito a desejar, porque praticamente não criam sombra. Dito isto, um espaço que podia ser agradável para descansar nas tardes quentes de Verão, mais não é que uma antevisão do Inferno. Os bancos estão ao Sol, a antiga erva foi trocada por pedra e cimento, originando ainda mais calor, e praticamente sem sombra é impensável por ali parar, num local onde até o busto de Vaz Preto, outrora imponente, com a sua base em degraus de granito e delimitado por um gradeamento, foi mutilado. Imaginem que um Polis semelhante fosse aplicado em Lisboa: o que seria a Avenida da Liberdade, a estátua do Marquês de Pombal estaria ao nível da rotunda e o Parque Eduardo VII é melhor nem imaginar.