JOAQUIM GOMES NO FINAL DAS BODAS DE DIAMANTE
Desejo é que o Algarve e Alentejo possam voltar
Joaquim Gomes disse, em Viseu, no passado domingo, em jeito de balanço da 75.ª edição, ganha pelo espanhol Alejandro Marque, que espera que a Volta a Portugal em bicicleta volte à região Sul do país no próximo ano. “Temos um mês de setembro condicionado às autárquicas, vamos ter de esperar umas semanas pelo rescaldo, mas o nosso desejo é que o Algarve e o Alentejo possam voltar”, assumiu o diretor da Volta a Portugal, na conferência de imprensa final.
Joaquim Gomes destacou que a maior prova velocipédica nacional coincidiu com “um contexto económico muito complicado” e assumiu que foi “com muita arte e engenho” que a organização conseguiu colocar no terreno uma Volta que “em nada envergonha edições do passado”.
Salientando que as equipas estrangeiras tiveram “boas prestações” e que os homens que mais brilharam foram os corredores portugueses ou aqueles que fizeram a sua formação em Portugal, o diretor reconheceu que seria “possível” que a presença de equipas da primeira divisão do ciclismo atraísse mais cobertura mediática.
”Mas considerando o fenómeno velocipédico português, seria injusto. Poderíamos estar a amputar a possibilidade das equipas portuguesas exporem os seus patrocinadores”, defendeu. Joaquim Gomes acredita que a inclusão de equipas ProTour na Volta a Portugal não seria sinal de mais espetáculo.
”Não era por ter equipas ProTour que teríamos mais competitividade. Optámos por trazer 12 equipas, de 12 países diferentes, que consigo trouxeram a atenção dos seus países”, justificou para explicar o porquê das principais formações internacionais. O diretor da Volta a Portugal congratulou-se ainda pelo bom momento que a modalidade atravessa, com seis equipas lusas no pelotão continental, e recordou que, há um ano, quando a 74.ª edição acabou, não sabia sequer se as quatro formações existentes na altura iriam continuar.