Serviço de Nefrologia do HAL quer apostar na hemodiálise peritoneal
“Falta à Nefrologia o transplante renal para ser um grande serviço central de hospital”
O diretor do Serviço de Nefrologia do Hospital Amato Lusitano (HAL) de Castelo Branco considera que aquilo que falta à Nefrologia, para ser “um grande serviço central de hospital é o transplante renal”.
Em declarações à Gazeta, Ernesto Rocha explica que o serviço que dirige, cujas instalações foram ampliadas há cerca de três anos, é uma referência ao nível das três unidades hospitalares da Região (Castelo Branco, Covilhã e Guarda).
Com uma média de 370 doentes hemodialisados a recorrer a Castelo Branco, a aposta recai na hemodiálise peritoneal, cujo objetivo é alargar a 50 doentes.
Ernesto Rocha sublinha ainda que a consulta pós-transplante, que é feita no Serviço de Nefrologia, tem 46 doentes, sendo que no final de 2013, o Serviço já tinha efetuado um total de 195 consultas.
Refira-se que a consulta pós-transplante foi iniciada em Castelo Branco em março de 2010 e só era feita ao nível dos hospitais centrais.
“A boa gestão da Nefrologia permitiu que sobrasse dinheiro para ser investido em outros serviços”, refere Ernesto Rocha.
Após uma reestruturação do Serviço feita nos últimos seis meses, em que saíram dois médicos, foi criada uma consulta informativa para o doente, onde este além de ficar a conhecer o Serviço é também elucidado sobre os procedimentos.
Ernesto Rocha pretende ainda criar o Dia do Médico de Medicina Geral e Familiar na Nefrologia, onde os clínicos da Região, “sempre que quiserem, podem passar um dia da semana no Serviço, para troca de impressões”.
Isto porque, refere o diretor da Nefrologia, a esmagadora maioria dos doentes são provenientes, precisamente, dos médicos de Medicina Geral.
“Estes, sempre que o queiram, podem ligar e receber informação sobre os doentes que enviaram para o Serviço”, adianta Ernesto Rocha.