Extinção de incêndios em aeronaves, no aeródromo
A Base de Apoio Logístico de Castelo Branco deu formação a 14 bombeiros
A Base de Apoio Logístico (BAL) de Castelo Branco recebeu o primeiro curso nacional de extinção de incêndios em aeronaves para aeródromos.
O curso, pioneiro no País, formou 14 bombeiros da corporação de Castelo Branco, pertencentes às brigadas de primeira intervenção.
“Estiveram na BAL de Castelo Branco, durante uma semana, entre 13 e 19 de janeiro, três formadores oriundos do Instituto Nacional da Aviação Civil (INAC) e da Escola Nacional de Bombeiros (ENB), a ministrar esta formação pioneira”, referiu o comandante operacional distrital do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS).
Rui Esteves sublinha que o objetivo do curso, com 50 horas, “foi formar os Bombeiros de Castelo Branco que integram as brigadas de primeira intervenção, para garantir que temos operacionais devidamente formados e credenciados”, para intervir num acidente ou num incêndio de uma aeronave no Aeródromo de Castelo Branco.
O comandante do CDOS disse ainda que esta formação é uma das condições para que o Aeródromo de Castelo Branco seja certificado.
“Tem que ter brigadas certificadas para poder fazer a segurança e intervir em caso de acidente no Aeródromo. É uma das exigências da Lei”, referiu.
O curso teve uma componente teórica e prática, sendo que os formandos fizeram uma deslocação ao aeródromo de Ponte-de-Sôr, onde se encontram estacionados os helicópteros Kamov, e outra ao aeródromo de Tires, onde fizeram simulações de extração e de evacuação em aeronaves de asa fixa.
Rui Esteves sublinhou ainda que esta formação só foi possível, “graças a uma parceria total” entre o INAC, ENB, corpo de bombeiros e Câmara de Castelo Branco.
“É uma mais-valia para a Região, para os Bombeiros e para quem utiliza o Aeródromo e que venha eventualmente a necessitar de ser socorrido ou assistido em qualquer circunstância”, referiu.
Rui Esteves quer garantir que a partir de agora, se faça instrução e treino contínuo para que, em caso de necessidade, “os operacionais estejam sempre ao melhor nível de resposta”, ou seja, que possam responder com a eficácia e a eficiência adequada aos meios que têm disponíveis e à circunstância.
No final da formação, foi feito um simulacro com fogo real a partir de viaturas que simularam ser aeronaves.
Pista de condução defensiva
volta à “estaca zero”
Em relação à construção de uma pista de condução defensiva no Parque de Desportos Motorizados de Castelo Branco, o comandante do CDOS diz que neste momento “há um percurso que está a ser feito pela Câmara de Castelo Branco”, junto dos organismos competentes, de modo a que “o projeto seja efetivo”.
Rui Esteves realça a importância da construção desta infraestrutura específica que implica sinalética própria e piso adaptado à formação.
“Tem que ter uma zona de piso aderente, não aderente, local para aquaplanagem, de modo a que haja as condições necessárias para que as ações se desenvolvam em condições”, refere o comandante do CDOS.
Entretanto, o presidente da Câmara de Castelo Branco, disse que o projeto está numa fase incipiente, depois de o ex-secretário de Estado da Administração Interna, Filipe Lobo D’Ávila, ter deixado o cargo, “voltou à estaca zero”, refere Luís Correia.
O autarca sublinha, no entanto, que o objetivo de construção da infraestrutura se mantém e vai procurar financiamentos nesse sentido.
Recorde-se que no passado mês de dezembro, quando o ex-secretário de Estado se deslocou à BAL de Castelo Branco, Luís Correia lançou o repto a Filipe Lobo D’Ávila, que se mostrou recetivo à construção deste projeto no Parque de Desportos Motorizados.
No entanto, com a sua saída do Ministério da Administração Interna (MAI), onde foi substituído no cargo por João Almeida, o projeto voltou à “estaca zero”, como referiu o autarca albicastrense.
Carlos Castela