28 maio 2014

ENCONTRO O BARROCAL É NOSSO. PEDRAS COM IDENTIDADE
Amigos do Museu na defesa da paisagem

“O eixo Barrocal – São Martinho foi e será aquilo que a nossa cidade quiser e está na hora de mostrar que a sua diferença, a sua qualidade, a sua beleza podem ser valorizadas em prol da cidade. Mantendo a sua autenticidade e a sua naturalidade, sem grandes artifícios e sem enormes intervenções humanas, temos ali um enorme Parque Natural da Cidade de Castelo Branco, pronto a ser conhecido. Parque geológico, arqueológico, botânico, zoológico, aquático num só espaço! Quantas cidades se podem orgulhar de ter num mesmo espaço tal diversidade!?”.
Foi com este mote dado pelo bibliotecário Nuno Marçal que um grupo de cidadãos se reuniu sábado numa das primeiras ações de divulgação e estudo deste local da cidade, subordinado ao tema Barrocal é nosso. Pedras com Identidade.
O encontro, organizado pela Cultura Vibra, com o apoio da Sociedade dos Amigos do Museu de Francisco Tavares Proença Júnior e da Lupa – Laboratório Urbano pela Arte, contou com a participação, entre outros, de Andreia Vicente, Lourenço Marques, Sebastian Garcia Páron, Cristina Valente, Carlos Matos, Rui Tomás Monteiro, Pedro Miguel Salvado, Júlio Vaz de Carvalho, César David Montero, Veríssimo Bispo, Carlos Vale e Oliveira Reis, numa conversa mediada por Jorge Costa.
Confirmado por todos foi o facto de o Barrocal ser um dos horizonte mais distintivos da paisagem da cidade e que possui uma diversidade geológica, botânica e zoológica muito relevante. Recorde-se que o Barrocal, que tem uma extensão de cerca de 55 hectares, é propriedade da Câmara de Castelo Branco, sendo esta uma realidade que os presentes consideram muito importante.
Pedro Salvado realça que “são poucas as cidades que possuam às suas portas estas riquezas” e realça que “a autarquia ter a responsabilidade da gestão do espaço é certeza de futuro”.
Pedro Salvado considera mesmo que ”mais do que um simples modelado de quartzo, mica e feldspato, o sítio do Barrocal é um hino pétreo à roda do tempo longo que durante milénios (uma vez que se encontraram vestígios que remontam ao neolítico) se imprimiu no horizonte vivencial da comunidade albicastrense. O Barrocal materializa também uma face da geo-identidade mais enraizada na nossa cultura local. O Barrocal pode vir a ser o primeiro parque geológico urbano do Interior, desempenhando uma nova função como canteira de sentires, de memórias e de sonhos. Um regenerador de vivências e de identidades”. Uma posição que foi assumida por todos, invertendo deste modo a realidade para que Nuno Marçal chamava atenção ao afirmar que “a cidade sempre esqueceu ou ignorou este espaço. Talvez mesmo por ser um espaço que estava lá do outro lado e como tudo o que está do outro lado, é incompreendido, desvalorizado e consecutivamente alienado e destruído”. Para já fica a garantia que as ações de divulgação e de estudo deste espaço vão continuar através da elaboração de um documento para a preservação e fruição cultural do Barrocal. Um estudo coordenado pela Sociedade dos Amigos do Museu que será tornado público e entregue à Câmara.

28/05/2014
 

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