União dos Sindicatos de Castelo Branco
Luís Garra diz que novo contrato de concessão da A23 é “manhoso”
O coordenador da União dos Sindicatos de Castelo Branco (USCB), Luís Garra, considera que o contrato para a mudança do regime de concessão da autoestrada A23, negociado entre o Governo e a Scutvias, é “nebuloso” e “manhoso”.
“Estamos perante um processo nebuloso e manhoso, pois está a ser cozinhado em segredo, fora do escrutínio público e sem o necessário controlo da Assembleia da República”, refere o coordenador da USCB em comunicado.
Luís Garra reagiu às recentes declarações do secretário de Estado Adjunto e do Orçamento, Hélder Reis, no Parlamento, onde afirmou que o Governo prevê arrecadar cerca de 66 milhões de euros em 2015 com a concessão da A23.
“A própria inscrição dos 66 milhões de euros no Orçamento de Estado (OE) para 2015 é genérica e não fosse a atenção e o questionamento dos deputados e nada seria dito”, adiantou.
O sindicalista sublinha ainda que “é esta a conceção que o PSD/CDS-PP têm do exercício dos cargos públicos e da política: segredo nos negócios para que os amigos não saiam prejudicados e o povo e o País, esses que se lixem”.
O coordenador da USCB alerta que pode estar em curso uma “manobra canhestra de engano e mentira”.
“O que está em marcha é a tentativa de fazer passar a ideia de que vão baixar o preço das portagens, quando na verdade elas irão aumentar, porque, ao mesmo tempo, pretendem acabar com os troços não pagos”, sublinha.
Luís Garra entende que ”está na hora de reacender a luta contra as portagens”.
E, neste sentido deixa um apelo à população, autarcas e empresários para que se unam e lutem contra o pagamento de portagens.
Deixa ainda um apelo às comunidades intermunicipais da Beira Baixa e das Beiras e Serra da Estrela, para que assumam uma posição firme contra as portagens.