30 de abril 2014

NOSSA SENHORA DE MÉRCOLES
Romaria começa sábado e termina terça-feira

A tradicional Romaria de Nossa Senhora de Mércoles, em Castelo Branco, tem início sábado e prolonga-se até terça-feira, dia em que é comemorado o Feriado Municipal de Castelo Branco. O programa que tem por palco o Santuário Mariano de Nossa Senhora de Mércoles, às portas da cidade de Castelo Branco, tem início sábado, às 21 horas, com a recitação do Rosário seguida de uma procissão ao redor da Capela de Mossa Senhora de Mércoles
Domingo, o programa começa às oito horas, com a alvorada, ou seja, com o lançamento de foguetes do Castelo da cidade, sendo que à mesma hora também se inicia o desfile de uma banda filarmónica pelas ruas da cidade.
Às 11 horas, já no recinto da Nossa Senhora de Mércoles, é celebrada uma missa campal seguida de procissão.
A Banda Filarmónica de Tinalhas atua a partir das 15 horas e um hora depois, às 16 horas, é a vez do Grupo Típico o Cancioneiro de Castelo Branco.
O dia termina depois das 21 horas, com a recitação do Rosário. Na segunda-feira, às 11 horas é celebrada uma nova missa campal seguida de procissão.
A animação musical chega às 19 horas, com a atuação do duo Musical Artur e Márcia, que sobe de novo ao palco às 22 horas.
Pelo meio, às 21 horas, realiza-se a recitação do Rosário.
No Feriado Municipal de Castelo Branco, terça-feira, o programa começa às oito horas, com a alvorada, ou seja, com o lançamento de foguetes do Castelo da cidade, e à mesma hora também se inicia o desfile de uma banda filarmónica pelas ruas da cidade.
Às 11 horas é celebrada uma missa campal seguida de procissão.
À tarde, a partir das 15 horas, realiza-se um concerto da Banda Filarmónica de Tinalhas e a animação continua depois das 16 horas, com a atuação de José Freixo com o Pato Donaltim, enquanto às 17 horas sobe ao palco a Castraleuca – Tuna Académica Masculina do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB)
Às 21 horas realiza-se a recitação do Rosário e o programa termina depois das 22 horas, com um espetáculo de fogo de artifício.
De referir ainda, que a Romaria não se resume à veneração de Nossa Senhora de Mércoles.
Assim, segunda-feira, uma tradição antiquíssima compreende a veneração da memória da Mártir Santa Eufémia.
Isto, entanto na terça-feira é de tradição associar-se ao culto de Nossa Senhora de Mércoles a veneração a Santa Luzia.
A tradicional romaria da Nossa Senhora de Mércoles lugar no segundo domingo depois da Páscoa.
Assim, a partir de sábado, pelo cabeço com o nome da Santa passarão milhares de pessoas, que para além de cumprirem a tradição de irem à romaria, também aproveitam para fazer algumas compras nos postos de venda ali montados, não sendo esquecida, claro está, a vertente religiosa.
Outra parte importante na ida à romaria é, sem dúvida, a da diversão, principalmente para os mais novos, que aí encontram uma grande quantidade de carrosséis que fazem as suas delícias.
Uma tradição que ainda se mantém, tem a ver com o feriado municipal de Castelo Branco, já que terça-feira muitas são as famílias que vão almoçar ao ar livre, junto às árvores que rodeiam o recinto. Um almoço de convívio em que a boa disposição não falta e em que um dos pratos indispensáveis são os feijões pequenos cozidos.
Para quem não cumpre esta tradição, há sempre a possibilidade de recorrer a um dos muitos locais onde são servidos petiscos como a sardinha, o bacalhau e as febras assadas. Pontos estes que são muitas vezes o local de encontro entre grupos de amigos.
Recorde-se que na origem desta romaria, de acordo com o livro Beira Baixa, da autoria de Lopes Marcelo, em 1199, os Templários ficaram como donos da grande Herdade da Açafa, que tinha como capital a Vila da Cardosa, localizada na colina atualmente ocupada por Castelo Branco. E é precisamente no documento de doação que pela primeira vez é referenciado o Caput Mercuris, ou seja, o Cabeço de Mércoles.
No entanto, como Lopes Marcelo adianta, os Templários só deverão ter construído a capela depois do Século XII.
Mas relativamente à denominação Mércoles, no livro são ainda reveladas três hipóteses que poderão ter levando ao seu aparecimento.
A primeira, da autoria de Mário Saa, avança que Mércoles é a grafia de mercatores (mercadores), porque na base do monte passava uma importante estrada romana vinda de Idanha-a-Velha.
Outra explicação, de D. Fernando de Almeida, é que “devia ter existido no local uma povoação romana com um templo dedicado a Mercúrio”.
A terceira e última, baseia-se numa lenda divulgada por Frei Joaquim de Santa Maria, que afirma que “Nossa Senhora teria aparecido num quarta-feira e como os espanhóis da zona raiana eram muito devotos à Virgem chamaram-lhe Nuestra Señora de Miercoles”.
Ainda na obra Beira Baixa é defendido que a capela é um edifício de transição do estilo românico para o gótico, tendo sido alteada em 1857, altura em que, de acordo com Lopes Marcelo, se taparam as quatro frestas da nave, que foram substituídas por duas janelas. Abriu-se uma janela na capela-mor; retiraram-se as cornijas laterais, Construí-se a sacristia, a arrecadação e os telheiros”, chegando-se à configuração que ainda hoje apresenta.

30/04/2014
 

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