Joaquim Martins
Novo Ano Letivo
Novo Ano Letivo – As escolas reabriram ontem as suas portas aos novos alunos e aos pais. O Ministério estipulara a abertura do novo ano entre 15 e 21 de setembro. Uma semana mais tarde do que o habitual, para prevenir eventuais falhas de colocações de professores.
Os agrupamentos do Concelho preveem abrir em pleno, na próxima segunda-feira. Desta vez, sem falhas significativas. Ao quarto ano, o Ministério conseguiu fazer um concurso sem grandes erros, e as aulas vão começar. Na Europa comunitária começaram no início do mês. Pormenores.
A única polémica deste ano escolar prende-se com a não inclusão dos Métodos Contracetivos e das Doenças Sexualmente Transmissíveis nas Metas Curriculares das Ciências do 9º ano. Os responsáveis pela elaboração das Metas propuseram aqueles conteúdos, mas o Ministério entendeu não os incluir.
As Associações de Professores de Biologia e Geologia e o presidente da Associação de Planeamento da Família consideram grave a omissão tendo em conta a pertinência do tema para o nível etário dos alunos.
Tristeza e Desilusão – A Europa fugiu mais uma vez às suas responsabilidades. Apesar dos múltiplos apelos, para que a reunião dos Ministros da Administração Interna que segunda-feira, decorreu em Bruxelas, aprovasse a proposta da Comissão Europeia, em relação aos refugiados, tal não foi possível e a decisão foi mais uma vez adiada para 8 de outubro. É uma situação quase inimaginável. As instâncias europeias não acolheram a proposta da Comissão que, embora limitada, dava uma resposta imediata a um problema humanitário grave.
Portugal esteve, bem, ao lado da Alemanha e da França que desta vez estavam do lado certo da barricada. Falhou um entendimento, para acolher, de forma voluntária 120.000 refugiados. E agora? Fecham-se mais fronteiras? Prendem-se e deportam-se os que batem à porta?
Adiou-se um problema inadiável. Para quê? Para dar tempo a que novos muros se ergam? Para preparar meios de acolhimento?
Esta Comunidade é uma tristeza e uma desilusão. Até quando?