A mesa administrativa da Santa Casa da Misericórdia do Fundão (SCMF) iniciou sábado um novo mandato de quatro anos, na sequência das eleições realizadas em dezembro do ano passado.
Jorge Gaspar continua a ser o provedor numa lista renovada e da qual continuam a fazer parte, Miguel Nascimento, como vice-provedor; Jorge Bonifácio, como secretário; e Luís Gavinhos, como tesoureiro.
Da mesa administrativa continuam a fazer parte o sacerdote Américo Vaz e Sónia Reis, mas a equipa integra agora três caras novas, que são Sandra Raposo, António Madalena e Eugénia Calvário. Eurico Ramos; Carlos Rodrigues e José Brito são suplentes.
Na assembleia geral, Manuel Ramos lidera, seguido de Roxo Vaz e Vaz Henriques. Leopoldo Santos; Filipe Batista e Joaquim Raposo são suplentes.
Quanto ao definitório é presidido por João Veiga Freire, que está acompanhado de Vítor Lindeza e António Leitão. Francisco Lambelho; Francisco Amaro e Mário Martins do Nascimento são suplentes.
O ciclo de quatro anos que agora teve início, de acordo com a instituição, “ficará marcado por profundas alterações na resposta aos cuidados de saúde na área de influência da Misericórdia. Desde logo por a mesa administrativa estar confiante no processo de negociação da devolução do Hospital do Fundão à Santa Casa”.
O processo teve início em dezembro do ano passado, com a assinatura do contrato de devolução de mais dois hospitais (São João da Madeira e Santo Tirso) do Estado às misericórdias, o que “representa para a nossa instituição a gestão de um património que permitirá à Misericórdia desenvolver os vários projetos de melhoria da oferta de cuidados de saúde à região”, sendo que “a criação de uma unidade de medicina nuclear; uma unidade de medicina física e de reabilitação; uma unidade de cuidados continuados de média e longa duração e uma unidade de convalescença estão entre as prioridades para o aproveitamento da unidade hospitalar cujos moldes da transferência começarão a ser discutidos e negociados ainda este mês”.
É ainda realçado que “A César o que é de César e a Misericórdia zelará pelo interesse de todos os irmãos e fundanenses, na procura de melhores respostas e serviços de saúde que, mantendo o Hospital no Serviço Nacional de Saúde, o enriqueçam enquanto valência da instituição”.
É acrescentado que “a recuperação de um património que é nosso por direito irá traduzir-se na necessidade de financiamentos à altura dos investimentos programados. O novo quadro de fundos comunitários será, assim, determinante na procura de soluções financeiras que atenuem a despesa associada a um investimento de grande envergadura”.
Por outro lado é referido que “o novo quadro comunitário de apoio, Portugal 2020, será um instrumento imprescindível para, durante este ciclo de quatro anos, podermos desenvolver outros projetos, tais como a requalificação interior do Lar da Misericórdia, a requalificação e remodelação do Bairro de Santa Isabel, a Casa do Bico ou a ampliação e remodelação das instalações da Academia de Música e Dança”.  
Noutra vertente, é garantido que a Misericórdia “complementará as respostas sociais com a componente turística”, sendo que “a construção da Quinta Pedagógica merece especial ênfase e constituirá já no presente ano de 2015 uma oferta pedagógica e de partilha de conhecimentos associados ao mundo rural e à descoberta das potencialidades das ervas aromáticas e outras singularidades a descobrir. Trata-se de um investimento de cerca de 200 mil euros, realizado com fundos do Proder e com o apoio da Câmara do Fundão”.  
“A dimensão turística passará a ter maior notoriedade na estratégia de preservação das nossas tradições religiosas. É neste contexto que o próximo ciclo de tradições religiosas da Quaresma ganhará maior visibilidade por via do enriquecimento dos quadros vivos da morte e paixão de Cristo. Na próxima Páscoa retomaremos a procissão do Senhor da Cana Verde e quem visitar a Ermidas vai dar-se conta na nossa capacidade de valorizar as tradições e património imaterial da Quaresma”.
Ainda com o turismo no centro das atenções é adiantado que este “será, aliás, uma das alavancas do programa de visitação que estará associado à realização do Congresso da União das Misericórdias, que ocorrerá no Fundão em 2016. O encontro acontecerá no ano em que a Misericórdia celebrará cinco séculos de existência e também este será um momento de reencontro com a história e missão social da instituição. Estamos a desenvolver um programa que, estamos certos, estará à altura da efeméride”.

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