O Centro de Empresas Inovadoras (CEI) de Castelo Branco acolheu, sexta-feira, o II Congresso Internacional InovCluster, que contou na sessão de abertura com a presença do presidente da Câmara de Castelo Branco, que é, simultaneamente, o presidente da InovCluster – Cluster Agroindustrial do Centro.
Luís Correia realçou que “este é mais um ponto muito forte na nossa estratégia de desenvolvimento, em concreto para o agroalimentar”, apontando como eixos principais “o financiamento, a internacionalização e a inovação”, para concluir que “se não tivermos uma estratégia bem assente, não conseguimos singrar neste mundo cada vez mais competitivo”.
O autarca sublinhou que existem “duas infraestruturas base de apoio a esta estratégia, que são a InovCluster e o Centro de Apoio Tecnológico Agroalimentar (CATAA)”, para realçar que é importante “estarmos preparados para a mudança, através desta vias da inovação e da divulgação, porque os mercados evoluem constantemente”.
Acrescentou ainda que “a permanente avaliação do nosso produto é uma necessidade do dia a dia” e avançou que “os produtores já verificaram essa necessidade, pelo que lançam os produtos e, depois, fazem uma avaliação contínua”.

Região Centro recebe
2.155 milhões de euros
Também a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Ana Abrunhosa, numa referência à vertente do financiamento, destacou que esta “é a grande prioridade de qualquer empresa, de qualquer região e de qualquer país”.
Tudo, para logo de seguida se referir ao Portugal 2020, que sucede ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), matéria em que destacou que “as regiões menos desenvolvidas, onde se inclui a Região Centro, vão receber 93 por cento dos cerca de 21 mil milhões de euros do Portugal 2020”.
Centrando de seguida as atenções do Centro 2020, adiantou que o programa operacional tem uma dotação de 2.155 milhões de euros, dos quais 1.751 milhões de euros do FEDER e os restantes 404 milhões de euros do Fundo Social Europeu (FSE).
Do bolo total, metade, ou seja, 50 por cento, destina-se à competitividade  e internacionalização, sendo que dos restantes 50 por cento, 16 por cento são para a inclusão social e emprego, 14 por cento para o capital humano e 20 por cento para a sustentabilidade e eficiência no uso dos recursos.
Ana Abrunhosa, no que respeita ao Centro 2020, avançou ainda com uma explicação mais detalhada da distribuição do montante total.
Assim, a maior fatia vai para a competitividade das pequenas e médias empresas, com 818 milhões de euros, seguindo-se-lhe o ensino e aprendizagem ao longo da vida, com 288 milhões de euros. Logo a seguir surge o ambiente e eficiência dos recursos, com 261 milhões de euros; o emprego e mobilidade laboral, com 177 milhões de euros; a investigação desenvolvimento tecnológico e a inclusão social e combate à pobreza, ambos com 169 milhões de euros; a economia com baixas emissões de carbono, com 165 milhões, de euros; as tecnologias da informação e comunicação (TIC), com 29 milhões de euros; e a administração pública eficiente, com 25 milhões de euros.

Os vencedores
do Concurso Produtos
Alimentares Inovadores
O financiamento, no entanto, não foi o único tema abordado ao longo do dia, sendo também dada atenção às outras duas vertentes, ou seja, à internacionalização e à inovação, ao que houve ainda a acrescentar outros temas, com o Congresso Internacional InovCluster. A terminar com uma sessão de harmonização de vinhos com produtos regionais, que antecedeu o jantar de entrega de prémios do I Concurso InovCluster de Produtos Alimentares Inovadores, que teve como objetivo a promoção do aumento da ino-vação nas empresas do setor agroalimentar.
Na categoria Cereais, o primeiro prémio foi para as bolachas com pepitas de chocolate sem glúten, da Amor de Biscoito, Unipessoal Lda; ficando no segundo lugar Os Presidentes, da David & Mariana, Lda; e no terceiro lugar o Pão d’Algas, da Calé – Indústria e Comércio, Lda;
A Farinha de Maçã Bravo Esmolfe, da sTERRIUSt – Agrupamento de Produtores, CRL, foi a vencedora na categoria hortofrutícolas, ficando no segundo lugar o Doce de Laranja e Café, da empresa Rita Augusta Tavares Andrade Santa Cruz, e no terceiro lugar o Chá e Biscoitos Raiano, da empresa Henrique Sanches Manso.
Na categoria Cárneos, a vencedora foi a Alheira de Borrego da FG – Fumeiros da Guarda, Unipessoal, Lda.
Passando à categoria Lácteos, o primeiro lugar foi para o Gelado de Kéfir com Algas, da Nogueiras & Sobrinho, Lda; sendo o segundo lugar atribuído à Com Amor – Manteiga de Ovelha com Manjericão, da Casa Agrícola do Cabeço do Carvão, Lda; e o terceiro ao TOP – Amor de Queijo, da 2Efes Iguaria & Tradição, Lda.
Na categoria de Produto Inovador que inclua Queijo de Castelo Branco, o primeiro prémio foi para os Crakers de Queijo de Castelo Branco, da Amor de Biscoito, Unipessoal, Lda; ficando na segunda posição o Queijo de ovelha com Tomilho Bela-Luz, da empresa Ana Sofia dos Santos Rodrigues; e no terceiro lugar o Bombom de Queijo de Castelo Branco, da A Palmeira - Panificação e Pastelaria, Lda.
Refira-se que os primeiros classificados de cada categoria receberam um prémio monetário, no valor de mil euros, atribuído pela InovCluster, sendo que o CATAA e a empresa BGO Consulting, entidades que prestam apoio e serviço à inovação no setor alimentar,  decidiram patrocinar este concurso e atribuir os segundos e terceiros prémios  de 250 euros e 150 euros em serviços a cada uma destas entidades, respetivamente.

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