João Belém
A HORA DE ESCOLHER...
A nossa vida é toda ela feita de acasos. Mas é o que em nós
há de necessário que lhes há-de dar um sentido.
Vergílio Ferreira
Como todos sabemos um dos objetivos da Escola é a transformação do ser humano. A escola deverá ser o lugar onde se deviam conjugar uma data de conhecimentos de modo que fosse possível obter-se ter uma visão positiva do mundo, para conseguirmos atuar melhor de modo que as pessoas fossem capazes de questionar e transformar não só o seu próprio ambiente, mas capazes também de se transformarem a si mesmos.
Assim o conhecimento não seria somente sobre o mundo externo, mas sobre o mundo interno também formando cidadãos conscientes de seus papéis, de sua força, de sua humanidade. A escola deve ajudá-los a tirar a venda que a falta de conhecimento impõe. Por isso, a escola tem que ser um lugar para se desenvolverem as questões dos valores humanos.
Mas sendo a Escola o espelho e reflexo do mundo, ela sabe que precisa de se adaptar à nova realidade da sociedade da informação, na qual o conteúdo está ao alcance de um clique do nosso “rato “ do computador e a dificuldade de concentração dos jovens é cada vez maior. Um mundo de incertezas, com profissões cada vez mais voláteis, no qual o fantasma do desemprego é responsável por noites de insónias e crises de depressão. Hoje, o simples acumular de conhecimentos não é garantia de sucesso profissional. É preciso saber lidar com a informação, para construir uma visão crítica da realidade e sabermos desenvolver habilidades para a uma eventual reciclagem permanente.
E é neste quadro que nos deparamos com o problema fulcral
“Em que escola colocar o meu filho? Devo optar por uma mais tradicional, já que a educação em casa é liberal? Ou procurar a que prioriza o conteúdo, já que o mercado de trabalho não está fácil? Se bem que dizem que uma escola perto de casa é melhor!” É difícil encontrar pais que não passaram ou não vão passar por angústias desse tipo.
E o dilema de decidir seguir as preferências dos filhos, sabendo que ou são por ir atrás dos amigos, ou por não aceitarem a sugestão dos pais, vindo infelizmente muitas vezes, a voltarem atrás reconhecendo a sua precipitação da opção.
Aproveito a oportunidade para, citando uma notícia divulgada pelo Expresso, que de acordo com o ranking da Consultora Universum, em Portugal, consultados cerca de 8.436 jovens universitários de 26 instituições de ensino, baseando-se em fatores como a segurança laboral ou a possibilidade de iniciar uma carreira numa marca organizacional sólida estes escolheram, entre outras, a Google, Apple, Banco de Portugal, L‘Oreal e a Microsoft como empresas favoritas para trabalhar
Mas se me permitem uma sugestão tenham sempre em atenção ao seguinte:
Seja qual for a opção de escola, preste muita atenção à reação do seu filho pois ele é um “termómetro” valioso. Se estiver feliz e interessado em aprender, é um sinal de que a escolha foi boa e vai de encontro às suas expetativas. Se estiver desanimado e com rendimento escolar baixo, converse com os professores e com orientadores pedagógicos para se tentar uma melhor solução.
Lembre-se sempre que a escola é responsável apenas por uma parte da formação da criança. “Quem educa os filhos são os pais”.