EM BORDADO DE CASTELO BRANCO
Cristina Rodrigues faz obra permanente para Manchester
A arquiteta e artista plástica portuguesa Cristina Rodrigues vai ter, a partir de 2017, na Catedral de Manchester, uma obra permanente, composta por sete grandes peças têxteis em Bordado de Castelo Branco, em honra à rainha Isabel II.
Para desenvolver este projeto, Cristina Rodrigues trocou Idanha-a-Nova por Castelo Branco, onde instalou um novo ateliê com mil metros quadrados, situado na zona industrial da cidade.
Desde maio deste ano, a artista portuguesa está a trabalhar no novo projeto, juntamente com seis bordadeiras, a coordenadora da oficina do Bordado de Castelo Branco e a sua equipa.
Cristina Rodrigues explicou que este novo projeto surgiu de um convite que lhe foi feito pela direção da Catedral de Manchester, no sentido de desenvolver uma obra de cariz permanente.
“O convite foi-me feito pela direção da Catedral de Manchester e deram-me liberdade total para desenvolver a obra. Sabendo que na visita da Rainha Isabel II a Portugal, em 1957, lhe ofereceram uma colcha de Bordado de Castelo Branco, optei por desenvolver uma peça com este bordado, em honra da rainha”, disse.
A obra, de grande dimensão, vai ser composta por sete grandes peças têxteis em Bordado de Castelo Branco e a artista tem como parceiros a Oficina do Bordado de Castelo Branco, a autarquia local e a Catedral de Manchester.
Segundo Cristina Rodrigues, a inauguração desta obra em Manchester, deverá ocorrer em maio ou junho do próximo ano, sendo certo que a família real britânica vai estar presente.
“A ideia da peça têxtil em Bordado de Castelo Branco foi minha. Sabendo da oferta da colcha à rainha, em 1957, quis replicar numa obra este bordado que possui a técnica mais exuberante que é desenvolvida em Portugal”, disse.
Além deste projeto, Cristina Rodrigues está a preparar no ateliê de Castelo Branco a sua próxima exposição.
Intitulada La Pásion, a exposição vai ser inaugurada a 13 de setembro, em Sevilha, onde ficará patente até 20 de novembro.
Com curadoria de José Lucas Chaves-Maza, esta exposição apresenta uma configuração inédita, com um total de 13 obras distribuídas por cinco monumentos icónicos de Sevilha: Fundación Valentín de Madariaga y Oya, Consulado Geral de Portugal em Sevilha, Universidad de Sevilha, Casa de la Provincia e Real Alcázar de Sevilha.
La Pásion, conta ainda com quatro obras inéditas de Cristina Rodrigues, que serã apresentadas pela primeira vez ao público.
Carlos Castela