Joaquim Martins
Uma dolorosa Páscoa
Uma dolorosa Páscoa – A Páscoa deste ano ficará marcada pelos ecos da barbárie dos atentados de Bruxelas (centenas de horas de imagens) que nesta data já registam 35 mortos e 359 feridos e pelo ainda mais terrível atentado no Paquistão (em Lahore) que no domingo, fez 72 mortos e 315 feridos, na maioria crianças e mulheres cristãs que tinham vindo celebrar a festa da Ressurreição mas que foi quase silenciado (!) pela nossa Comunicação Social.
Nesta Páscoa as vítimas do terrorismo, essa “forma de violência cega e brutal que continua a derramar sangue inocente em diversas partes do mundo” estiveram perante os nossos olhos, nas flores e velas multicolores da Praça da Bolsa em Bruxelas, e, presentes, na Praça de S. Pedro, na oração do Papa e na mensagem urbi et Orbi em que, além de condenar a violência cega, voltou a pedir medidas capazes de “promover a cultura do encontro, a justiça e o respeito mútuo” e deixou expresso o desejo de que a “próxima sessão da Cúpula Mundial Humanitária [está prevista para maio] não deixe de colocar no centro a pessoa humana, com a sua dignidade e possa desenvolver políticas capazes de ajudar e proteger as vítimas dos conflitos e de outras situações de emergência, especialmente os mais vulneráveis e os que sofrem perseguição por motivos étnicos e religiosos”.
As amêndoas do Presidente! – O Presidente da República anunciou segunda-feira, numa comunicação inédita e pedagógica a promulgação do Orçamento do Estado para 2016. Foram as amêndoas do Presidente que explicou de forma clara as razões da sua assinatura: O Orçamento estava de acordo com a Constituição; Revelava claras preocupações sociais e era um Orçamento de Compromisso perante a Maioria que o aprovara e as instâncias Europeias. Era um Orçamento assente numa metodologia diferente dos anteriores que exigiria rigor mas cujos pressupostos só o tempo dirá se são ajustados ou não. O Presidente dá um voto de confiança porque acredita que precisamos de estabilidade a todos os níveis: politico, social, económico e financeiro.