7 de setembro de 2016

Na Biblioteca Municipal
A obra de Dom Pedro apresentada por António Salvado

Monarquicos d pedro.JPGO Movimento Monárquico de Castelo Branco, com o apoio da Câmara de Castelo Branco, dinamizou, quinta-feira, na Biblioteca Municipal de Castelo Branco, uma palestra subordinada ao tema Dom Pedro, Conde de Barcelos, filho Del-Rei Dom Dinis I, Poeta e Historiador, que teve como orador António Salvado.
Uma palestra que marcou o fim de um ciclo dedicado ao Rei D. Dinis e aos seus dois filhos bastardos, que incluiu também os encontros dedicados aos temas El-Rei Dom Dinis I – Notável Poeta do Trovadorismo Peninsular e Dom Afonso Sanches, filho de El-Rei Dom Dinis I – Um Original Poeta do Trovadorismo Português.
Na palestra que encerrou o ciclo António Salvado começou por falar na vida de Dom Pedro, Conde de Barcelos, para realçar que “a vida de Dom Pedro é um autêntico romance”.
António Salvado destacou depois que Dom Pedro “foi trovador, cronista e animador cultural”, para de seguida sublinhar que “durante anos compilou um livro de cantigas” e realçar que “as poesias dele são muito poucas”.
Acrescentou ainda que esse livro de cantigas foi deixado ao seu amigo Afonso XI, Rei de Castela, “mas desapareceu”.
No que se refere à obra deixado por Dom Pedro, António Salvado afirmou que consiste em quatro cantigas de amor, seis cantigas de escárnio e maldizer e uma cantiga de amigo, afirmando que as cantigas de amor “seguem os ideários do género e existe uma certa sequência de sentido estruturante entre elas”.
Tudo, para realçar que as cantigas de amor se “opõem às seis cantigas de escárnio e maldizer em que cada uma vale por si, havendo uma independência absoluta entre elas”, sendo que se caracterizam por ser escritas em heptassílabos, ou seja, em versos de sete sílabas.
Noutra vertente, António Salvado avança que Dom Pedro, “como historiador, foi um cronista de talento” e salienta que o Conde de Barcelos foi também o autor da Crónica Geral de Espanha, de 1344.
Na análise às cantigas deixadas por Dom Pedro, que incluiu a sua leitura por António Salvado, Maria de Lurdes Gouveia Barata e Costa Alves, destacou também que o Conde de Barcelos “era mestre a escrever versos, pois a sua técnica era a melhor”, não deixando de referir, pelo meio, que “nas cantigas de escárnio e maldizer utilizava palavrões do pior”.

07/09/2016
 

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