15 de fevereiro de 2017

DENUNCIADA POLUIÇÃO EXCESSIVA NO RIO TEJO
Quercus quer que sejam retiradas licenças à Celtejo

A Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza quer que o Ministério do Ambiente retire à Celtejo “a licença de descarga de efluente e a licença de exploração, até resolução definitiva dos problemas que atingem o Rio Tejo”.
O apelo é feito ao ministro da tutela, tendo como “inaceitável a recorrência de crimes ambientais por parte de entidades infratoras”.
Tudo depois da associação ambientalista afirmar que recebeu “várias denúncias de cidadãos, denunciando descarga poluente de extrema gravidade no Rio Tejo com uma coloração acastanhada e com muita espuma à superfície, alegadamente com origem numa celulose em Vila Velha de Ródão”.
A Quercus avança, em comunicado, que “as descargas poluentes têm sido recorrentes nos últimos anos e a espuma que ao longo dos últimos dias tem sido visível no Rio Tejo, em particular junto ao Açude de Abrantes e junto à Barragem de Belver, tem origem numa fonte de poluição junto à Ribeira do Açafal, afluente do Tejo, em Vila Velha de Ródão”.
Recorda, por outro lado, que “da atuação anterior das autoridades já tinha resultado um levantamento de auto de notícia por crime contra a natureza, remetido para o Tribunal Judicial da Comarca de Castelo Branco e autos de notícia por contraordenação, remetidos para a Agência Portuguesa do Ambiente (APA - ARH Tejo)”, acrescentando que “na sequência destas denúncias, a Quercus tem vindo a alertar as autoridades para a poluição no Rio Tejo” e defende que “esta situação ocorre pela falta de atuação em conformidade com a gravidade da situação, por parte da Agência Portuguesa do Ambiente e do próprio Ministério do Ambiente”.
No comunicado é também realçado que “o Ministério do Ambiente, em dezembro de 2015, já referia que «identificou os efluentes da empresa Celtejo, em Vila Velha de Ródão, como um preocupante foco de poluição do Rio Tejo»””, bem como que “o Relatório da Comissão de Acompanhamento sobre a Poluição do Rio Tejo, propõe uma «redução do caudal e da carga orgânica poluente nos efluentes sectoriais e no efluente rejeitado no meio hídrico pela Celtejo, por recurso à ampliação ou substituição da atual ETAR»”.
Perante isto, a Quercus recorda que “a Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, SA, do grupo Altri, tem um projeto de investimento ao abrigo do Sistema de Incentivos à Inovação Empresarial e Empreendedorismo (Inovação Produtiva Não PME), para a introdução de inovações no processo de produção de pasta de papel tissue”, considerando que “isto significa que o projeto é financiado por fundos europeus, que no caso da Celtejo são 21,37 milhões de euros”.

15/02/2017
 

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