JARDIM DO PAÇO
Mais de metade das estátuas já estão digitalizadas em 3D
A primeira fase do projeto Património Digital Arte Virtual, que tem como objetivo contribuir para a criação de um arquivo digital, com recurso ao mapeamento em 3D, da estatuária existente no Jardim do Paço Episcopal, para preservar a trabalho artesanal que deu origem às estátuas e, em caso de necessidade, para possibilitar a sua substituição por fac-similes está concluída, pelo que 50 das 97 estátuas existentes naquele que é um ex-libris de Castelo Branco já estão digitalizadas.
Os resultados foram apresentados quinta-feira, numa conferência de Imprensa realizada na Casa de Chá do Centro de Interpretação do Jardim do Paço, com a atenção centrada no FabLab do Centro de Empresas Inovadoras (CEI) de Castelo Branco, que ao longo do último ano procedeu à digitalização das estátuas, num trabalho que envolve a Câmara de Castelo Branco, bem como uma parceria com a Associação de Informática de Castelo Branco (AICB).
Na hora do balanço da primeira fase do projeto, o presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, considerou o projeto “muito valioso, muito positivo” e garantiu que o Jardim do Paço “fica valorizado”.
Luís Correia destacou também que o Património Digital Arte Virtual “integra várias realidades, como o FabLab, o CEI, a questão do património e também a valorização das nossas associações, neste caso a Associação de Informática de Castelo Branco”.
O autarca acrescentou ainda que com o projeto fica “demonstrada a qualidade do FabLab”, sublinhado que este pode estar “ao serviço do que é o nosso património, preservando-o”.
Antes, João Nuno Carvalhinho, que é um dos responsáveis do CEI, começou por recordar que o FabLab foi criado há aproximadamente um ano e meio e “num ano de atividade teve muitas realizações”. Tudo, para realçar que “no primeiro ano de atividade este projeto de criar o arquivo digital do Jardim do Paço é um trabalho que honra o património de Castelo Branco”.
Já Carlos Campos, da AICB, recordou um pouco da história do Jardim do Paço, para defender que o FabLab é “uma alavanca em termos tecnológicos” e revelar que “quando a Câmara fez a proposta para a criação de um arquivo 3D das estátuas do Jardim do Paço”, esse foi um momento de “excitação e um grande desafio”.
De referir, que depois da primeira fase do Património Digital Arte Virtual, em que foram digitalizadas 50 das 97 estátuas, por uma equipa que envolveu oito pessoas, ao longo de um ano, a segunda fase já está no terreno, com a finalidade de digitalizar as restantes 47 estátuas. Um trabalho mais difícil que o realizado até agora, porque algumas das estátuas que faltam digitalizar, além de se encontrarem em pior estado de conservação, também se encontram instaladas em locais de acesso mais difícil, sendo que algumas delas estão a três metros do chão.
No decorrer do encontro foi também adiantado que das 97 estátuas, o trabalho de campo realizado logo no início permitiu concluir que 55 estão em bom estado de conservação, 35 num estado médio e sete em maus estado de conservação.