Vila Velha de Ródão afirma o Rei Wamba
A Real Associação da Beira Interior, com apoio da Herdade da Tapada da Tojeira, em Vila Velha de Ródão, apresentou, dia 28 de junho, a palestra Rei Wamba: Um Património Cultural Peninsular. O caso de Vila Velha de Ródão, que teve como orador Pedro Miguel Salvado, que é autor de um dos trabalhos mais completos sobre esta personalidade histórica ibérica.
Pedro Miguel Salvado tem, desde há alguns anos, uma forte ligação ao Concelho e considerou ser em Vila Velha de Ródão onde a memória do rei visigodo em Portugal se encontra mais viva e em plena renovação, ao afirmar que “é um sítio único, pois Wamba, Rei vi-sigodo (672-680), continua a ter um grande significado para a comunidade e para a região. Em 2018 ainda assistimos a atividades que vinculam a personagem histórica a este rei”.
Não se sabe o local onde terá nascido o Rei Wamba, mas apontam-se várias hipóteses: Idanha-a-Velha, Vila Velha de Ródão, Pujerra…
Foi um rei militar, justiceiro, organizador e mediador. O Rei Wamba fez uma reforma militar fantástica, também separou os poderes entre o rei e a Igreja Cristã. Foi um rei de boa memória no ato da gestão política afirmando a Hispania e o Reino de Toledo no quadro da geografia política da Alta Idade Média europeia.
Um seu contemporâneo, Julian de Toledo, escreveu a história/memória do Rei Wamba, monarca que passou de figura histórica a figura lendária. Várias são as lendas sobre o Rei Wamba e algumas reproduziram-se no território da Beira Baixa.São também vários os símbolos ligados ao Rei Wamba, como o boi, a abelha, a vara, o arado, o caracol… Segundo a lenda, Wamba era um lavrador que não queria ser rei, mas disse que se a vara que possuía desse flores seria rei e assim sucedeu.
Foram vários os reinos peninsulares que reivindicavam as origens do Rei Wamba. Aliás, existem várias representações do Rei Wamba. Rei que foi referência nas cortes da Europa do Século XVIII.