EM APELO À MOBILIZAÇÃO EM TORNO DA UNIÃO EUROPEIA
António Costa recorda investimento no Interior
O secretário geral do Partido Socialista (PS), António Costa, deslocou-se sábado a Castelo Branco, para participar no encerramento da Convenção Regional dedicada à Região Centro Que Europa no futuro da tua Região, que decorreu no auditório da Escola Superior de Tecnologia (EST) de Castelo Branco. Um encontro que teve como base as eleições Europeias agendadas para maio deste ano, com António Costa a colocar parte da sua atenção no Interior, ao recordar o programa criado pelo Governo de concursos de 1.700 milhões de euros para apoiar o investimento empresarial no Interior, no âmbito da reprogramação do Portugal 2020.
1.700 milhões de euros que António Costa sublinhou que “só podem ser alocados no Interior”, para assegurar que deste modo “estamos a contribuir para que tenhamos melhores condições no Interior” e não deixando de referir que “são os fundos comunitários que nos permitem realizar investimento. Temos que ter empresas, para ter emprego e pessoas. E que seja aqui que possamos criar mais empresas e emprego, que ajude a fixar a população”.
Uma matéria em que António Costa afirmou que “é preciso romper, de uma vez por todas, com o círculo vicioso que não há empresas, porque não há pessoas, e não há pessoas, porque não há empresas. Temos mesmo que investir na criação de empresas e de postos de trabalho. Foi por isso que quando foi negociada com a União Europeia a reprogramação dos fundos comunitários e aumentámos em cinco mil milhões de euros as verbas destinadas a apoiar o setor empresarial, tivemos o cuidado de reservar 1.700 milhões para poderem ser investidos exclusivamente nas regiões do Interior, de forma a que seja aqui que possamos criar mais empresas, mais emprego, que ele seja mais qualificado e, dessa forma, contribuir para fixar mais população”.
António Costa frisou também que “o Orçamento do Estado maximizou as deduções fiscais para investimentos no Interior”, ao que juntou “o aumento de vagas no Ensino Superior, a instalação da Secretaria de Estado da Valorização do Interior e os investimentos em infraestruturas rodoviárias e ferroviárias”, para defender que se se quer atingir os objetivos pretendidos “temos que fazer tudo isto em simultâneo”.
Numa abordagem mais abrangente António Costa defendeu que “é essencial mobilizar-nos para defender a Europa”, porque “para que a União Europeia proteja Portugal, o País tem que ajudar a proteger a União Europeia”.
Tudo isto para mais à frente reforçar que “temos mesmo que nos mobilizar para defender a União Europeia. Porque se nós queremos regular a mobilização, se queremos universidades cada vez mais modernas, empresas cada vez mais competitivas, sociedades cada vez mais coesas, territórios cada vez com menores assimetrias, nós precisamos da União Europeia. É esse apoio da União Europeia que nós precisamos”.
António Costa deixou ainda um alerta ao destacar que “ninguém acredite que era possível estarmos em melhores condições hoje, ou em melhores condições amanhã, se saíssemos da União Europeia”.
A Convenção regional foi iniciada por Luís Correia, que começou por afirmar que “temos que contribuir para o fortalecimento da Europa” e defendeu que “a Europa representa a transformação da nossa sociedade, do nosso País”, não deixando de acrescentar que “o Partido Socialista é o principal partido nacional em termos europeus e a pensar em termos europeus”.
Os trabalhos continuaram depois com um debate subordinado ao tema Indústria, inovação e conhecimento, moderado por João Vasconcelos e que teve como intervenientes o presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), António Fernandes; o diretor da Rede Nacional de Incubadoras, João Borga; Ana Paula Rafael, CEO da Dielmar; Nuno Garcia, da Universidade da Beira Interior (UBI); o vice-reitor da Universidade de Aveiro, Eduardo Castro; Pedro Antunes, do Politécnico de Viseu; e Teresa Mendes, do Instituto Pedro Nunes.
António Tavares