QUEDA ACONTECEU QUANDO RECOLHIA ÁGUA PARA COMBATER INCÊNDIO
Avião anfíbio já foi retirado das águas de Castelo do Bode
O avião que caiu, na passada quarta-feira, 3 de julho, na Albufeira de Castelo de Bode, enquanto recolhia água para o combate a um incêndio, foi localizado e retirado de uma profundidade razoável.
A aeronave ficou presa a 30 metros de profundidade e foi necessário recorrer a boias para a erguer e rebocar até à margem.
Os trabalhos de remoção foram “demorados”, e contaram, numa primeira fase, com a ajuda de mergulhadores, seguindo-se depois a retirada do avião da água com o auxílio de uma grua. Os destroços também foram recolhidos, nomeadamente os dois tanques, que se separaram do aparelho.
A aeronave estava estacionada em Proença-a-Nova, Distrito de Castelo Branco, e dirigia-se para o combate a um incêndio rural no Concelho de Ansião, Distrito de Leiria.
O avião anfíbio médio Fire-boss foi localizado na manhã de quinta-feira da semana passada, quando eram 8h17.
O alerta para a queda foi dado às 1646, de quarta-feira, tendo sido acionados os meios de socorro, onde se incluiu um avião de reconhecimento e um helicóptero de reconhecimento, avaliação e coordenação ao serviço da ANEPC que de imediato reconheceram o local, por forma identificar a localização do acidente.
O piloto, recorde-se, conseguiu sair ileso e nadar até à margem. Sem apresentar queixas, tem 49 anos e recusou o transporte para uma unidade hospitalar.
O aparelho ajudava no combate a um incêndio em Ansião, no Distrito de Leiria quando, ao planar sobre a água para encher os tanques, manobra de scoo-ping, o trem de aterragem não terá, alegadamente recolhido e o aparelho mergulhou de imediato nas águas, em Ponta de Vale da Ursa, junto a Dornes.
Mas a ANEPC salienta que as causas do acidente serão apuradas pelas “entidades com competência em matéria de investigação de acidentes com aero- naves”.
Os Bombeiros Voluntários de Cernache do Bonjardim, Sertã, deslocaram para o local 10 veículos mais uma lancha e uma moto de água, com um total de 17 operacionais, tendo o local do acidente sido identificado ainda na quarta-feira.
Bombeiros daquela corpora-ção terão efetuado dois mergulhos, no sentido de localizar a aeronave mas sem sucesso, devido à má visibilidade.
Na quinta-feira, dia 4, houve reforço do teatro de operações com equipas de mergulhadores dos bombeiros voluntários de Castelo Branco e Idanha-a-No-va, tendo a aeronave sido localizada às 8h15, ao que seguiu a realização de um briefing técnico com todas as entidades e opera-cionais envolvidos, de forma a adotar a melhor estratégia para recuperar a aeronave.
A informação de que o avião tinha caído, foi dada por um cidadão, desconhecendo-se então se a aeronave se encontrava em terra ou na Barragem de Castelo de Bode.