Edição nº 1623 - 29 de janeiro de 2020

António Tavares
Editorial

As portagens da Autoestrada da Beira Interior (A23) são um tema recorrente desde que esta via deixou de ser uma autoestrada sem custo para o utilizador (SCUT), em dezembro de 2011. Desde então as reclamações e manifestações no sentido que as portagens sejam abolidas, assumindo a forma de discriminação positiva para o Interior, que sofre com o grave problema da desertificação, entre outros, têm sido uma constante.
Resultado disso o valor a pagar pelas portagens já foi reduzido, mas, mesmo assim, a luta continuou, porque o objetivo da sua total eliminação nunca foi abandonado.
Agora, na passada sexta-feira, 24 de janeiro, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, afirmou que as portagens serão reduzidas ao adiantar que “no programa do Governo, deixámos clara a nossa intenção de aliviar os custos para aqueles que vivem e trabalham nestes territórios. Já criámos um grupo de trabalho que está a estudar, atualmente, vários cenários para uma redução gradual de portagens”.
Ana Abrunhosa revelou que “estamos a trabalhar num modelo de desconto de portagens para o Interior baseado em descontos de quantidades e descontos no fim de semana, que beneficiem os utilizadores frequentes, bem como aqueles que desejem visitar o Interior”.
Quando chegarão esses descontos não se sabe, mas, logo à partida, é fácil perceber que não é isto que os cidadãos desta zona do País esperam. O que esperam é uma medida que realmente não os prejudique por viverem aqui e, isso, só passará pela abolição total das portagens. Assumindo-se essa sim como uma medida justa.

29/01/2020
 

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