Edição nº 1628 - 4 de março de 2020

ELEIÇÕES PARA A FEDERAÇÃO DISTRITAL DO PARTIDO SOCIALISTA
Leopoldo Rodrigues e Vítor Pereira contam espingardas

As eleições para a Federação Distrital de Castelo Branco do Partido Socialista (PS) realizam-se dia 13 deste mês. A poucos dias do ato eleitoral o dois candidatos à liderança da federação, Leopoldo Rodrigues e Vítor Pereira, dão a conhecer as moções que defendem e os apoios que reúnem.
Leopoldo Rodrigues, que tem como lema A força do PS – Ação e Compromisso, adianta, em comunicado que é apoiado pelos presidentes das concelhias de Castelo Branco, Arnaldo Brás; do Fundão, Carlos Morgadinho; da Sertã, Carlos Miranda; de Vila de Rei, António Domingos; e de Vila Velha de Ródão, António Carmona, bem como pelas deputadas Hortense Martins e Joana Bento, eleitas pelo Círculo Eleitoral de Castelo Branco, e pelos presidentes das câmaras de Castelo Branco, Luís Correia, e de Vila Velha de Ródão, Luís Pereira, que é o mandatário da candidatura.
Na passada segunda-feira, 2 de março, Leopoldo Rodrigues reuniu com o Secretariado da Concelhia do Fundão, tendo recebido o apoio unânime dos membros presentes.
Durante a reunião Leopoldo Rodrigues teve oportunidade de apresentar as principais linhas de orientação da moção, que “faz uma aposta forte nas questões demográficas e na coesão territorial, não esquece o ambiente, a floresta e as alterações climáticas, assim como a economia, a captação de investimento e a transformação digital”, sendo adiantado que “as pessoas e a sua qualidade de vida, os jovens e o seu papel fundamental para o futuro do País, assim como a educação, a formação e a reconversão profissional, são outras áreas centrais desta moção”.
No que respeita às portagens na A23 Rodrigues afirma que mantém a sua “posição de sempre que passa pela isenção das mesmas”, admitindo, ainda assim, “a sua diminuição progressiva até se chegar à isenção total”.
Durante a reunião realizada no Fundão foi ainda abordada a exploração mineira na Serra da Argemela e a poluição do Rio Zêzere.
Antes, no dia 24 de fevereiro, Leopoldo Rodrigues realizou uma reunião semelhante com os militantes da Concelhia da Sertã, onde, segundo é adiantado, “também recebeu forte apoio”, e teve oportunidade de apresentar as linhas gerais de orientação da moção. Na reunião realizada na Sertã os temas relacionados com a floresta, bem como a preocupação com os incêndios, tiveram papel de destaque.
Nestas reuniões esteve ainda presente a candidata à Estrutura Federativa das Mulheres Socialistas, Paula Teixeira.
Por seu lado, Vítor Pereira, que tem como lema Um Novo Tempo para o PS, na passada segunda-feira, 2 de março, realizou uma sessão de apresentação na Biblioteca da Covilhã.
Vítor Pereira afirmou perante os militantes presentes na sessão que “são para mim um balsamo e um estímulo para esta caminhada, a dois tempos, primeiro até dia 13, dias das eleições, e depois no novo mandato, construindo num novo tempo político para a Federação Distrital do Partido Socialista de Castelo Branco”.
Isto para de seguida agradecer a presença e apoio dos presidentes das câmaras de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto; de Pe- namacor, António Luís Beites; de Belmonte, António Dias Rocha; e de Proença-a-Nova, João Lobo, ao que juntou o Concelho de Castelo Branco, “onde conto com o apoio de socialistas históricos, com trabalho feito e créditos firmados, como Fernando Raposo, João Carvalhinho, Fernando Serrasqueiro, Valter Lemos, Alzira Serrasqueiro e Armindo Taborda, entre outros”. Os agradecimentos foram também para Carlos Casteleiro, “por me dar a hon ra de aceitar ser mandatário desta candidatura e deste projeto político”. Agradecimentos que incluiram ainda um “grande socialista que, embora não tenha cartão de militante, muito tem ajudado o Partido Socialista no País, no Distrito e no Concelho da Covilhã”, referindo-se a João Casteleiro.
Vítor Pereira parafraseou depois Victor Hugo, ao afirmar que “nada é mais poderoso do que uma ideia cujo tempo chegou”, para destacara que “chegou o tempo de um novo Partido Socialista na Federação Distrital de Castelo Branco. Um tempo em que todos contam e todos têm o seu espaço. Um tempo em que vamos transformar as fraquezas em forças e as aparentes divergências em poderosas pontes de união e complementaridade”.
Tudo para mais à frente sublinhar que “a degradação política da convivência democrática nas estruturas distritais tem conduzido a um visível prejuízo da imagem pública do Partido junto dos eleitores e a na perda de credibilidade e influência da Região junto dos centros de decisão e poder”. Por isso, adiantou que “enquanto presidente, eleito pelo PS, à frente dos destinos da Câmara da Covilhã e atendendo às responsabilidades que tenho e à visão e ambição de desenvolvimento para o nosso território, não podia virar as costas ao desafio e aqui estou”.
Vítor Pereira destacou que “quero um PS mais aberto à participação da sociedade e com uma base militante e dirigente melhor preparada para o exercício e desempenho dos diversos cargos de responsabilidade. É fundamental descentralizar iniciativas e reforçar a ligação interna com os militantes de base através de plenários e sessões temáticas de debate ou formação. Sem prejuízo da lealdade partidária, quero um partido mais ativo na tomada de posição e reivindicação sobre os vários assuntos de interesse regional”.
Por outro lado, defendeu que “continua a ser indispensável completar com urgência o ciclo das grandes infraestruturas rodoviárias regionais, com as portagens, o IC6, o IC31 e a ligação ferroviária a Norte, à cabeça, mas é igualmente urgente e indispensável que toda a Região tenha uma boa rede de saúde, educação e cobertura social, bem como uma robusta cobertura de fibra ótica, as novas autoestradas da comunicação”.
Focou-se de seguida na importância de “fixar gente. Fixar população. Criar riqueza e bemestar para as nossas populações” e acrescentou que .”creio que podemos afirmar, sem contestação, que o atual modelo de desenvolvimento do País não serve porquanto não tem conseguido concretizar os objetivos de desenvolvimento equilibrado e coesão territorial que permita um desenvolvimento sustentado e harmonioso de todo o território nacional. Este modelo tem produzido e aumentado as assimetrias que têm levado ao despovoamento de localidades inteiras, com todos os prejuízos sociais, económicos e culturais que isso representa para um país com quase nove séculos de história. É por isso indispensável um novo tempo e uma nova abordagem”.
Assim, é da opinião que “é indispensável que as regiões assumam responsabilidade e protagonismo, seja no âmbito de um novo processo de regionalização, seja por via do aprofundamento e reconstrução do atual modelo de comunidades intermunicipais. É indispensável que essas futuras instituições, intermédias entre as autarquias locais e o poder central, venham a ter legitimidade democrática e capacidade financeira para decidir sobre várias áreas da governação. É inevitável e natural que seja o Partido Socialista o motor desta revolução pacífica”.
Uma matéria em relação à qual afirma que “no caso da nossa região, é agora o momento de regressar ao debate acerca da configuração das atuais comunidades intermunicipais e como será o futuro, sendo certo que existem, e não se podem descurar, ligações naturais, culturais e seculares que interligam o território e que ultrapassam qualquer divisão administrativa, feita a régua e esquadro, nas secretarias do Terreiro do Paço. Somos uma região policêntrica, com várias capitais, dependendo do ângulo de análise, e é essa diversidade que se transforma em riqueza e complementaridade para globalmente, com escala e dimensão, nos posicionarmos em termos de atratividade do território no competitivo mundo e oferta global em que vivemos”.
Vítor Pereira, já no final da intervenção, destacou ainda que que “este é provavelmente o momento político mais importante dos últimos anos para o PS. Há muito que não assistíamos a um confronto político tão vivo em eleições distritais e creio que o atual momento convoca à responsabilidade e à participação de todos neste ato eleitoral que, espero, decorra com elevação, transparência e liberdade”.

 

04/03/2020
 

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