Apontamentos da Semana...
É bem sabido que em períodos de guerra ou de crise o melhor caminho para a derrota do inimigo será sempre a existência de uma liderança forte, que transmita confiança e suficiente otimismo para que a moral dos soldados ou afetados ajude a ultrapassar o momento. Foi assim que na segunda guerra mundial, com a liderança de Winston Churchill e Franklin D. Roosevelt, do lado das democracias ocidentais, em unidade com Stalin e Chiang-Kai-shek, se conseguiu à custa da vida de muitos, derrotar a besta nazi. Estamos agora numa situação semelhante em termos de devastidão, o campo de batalha é global. Mas se temos na Europa, a começar desde já por Portugal, lideres capazes de travar com sucesso um inimigo sem rosto, num contexto de luta dentro do quadro de uma vida democrática onde não é bem aceite por todos a perda de alguns direitos cívicos, compreensivelmente com regras mais fáceis de impor nos regimes ditatoriais (veja-se a o presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, que deu ordem de atirar a matar a quem desobedecesse ao recolhimento obrigatório), uma Europa onde um António Costa, uma Angela Merkl ou um Macron, para só referir estes, têm esta perspetiva de poupar vidas a todo o custo, o que dizer de Boris Johnson, Bolsonaro ou Trump? Um grupo extremamente nefasto de populistas que era tudo o que os países que lideram não precisavam nestes tempos tão dramáticos. Veja-se para todos eles a estratégia inicial de negação do vírus, desvalorizando-o ou optando por uma estratégia suicidária de imunidade comunitária que conduziu o Reino Unido a uma situação catastrófica e a Boris, ele mesmo, ao internamento em cuidados intensivos. Trump com uma política ziguezagueante, mostrando-se um político manhoso e egocêntrico, completamente impreparado para o papel que o voto dos americanos lhe quiseram atribuir, com um discurso infantil e divisionista que até faria rir se a as consequências não fossem tão dramáticas. E do seu amigo brasileiro já nem vale a pena falar de tão imbecil que é. Este populismo barato que vai sair caro não só a estes grandes países, como a todo o mundo que luta cada minuto, cada hora, cada dia pelo fim da pandemia, que assim vai ver o seu horizonte mais distante. Um dia destes, vi num conhecido programa de televisão um dos participantes criticar o governo por ainda não apontar uma data para o fim da crise sanitária. Pois é… provavelmente o crítico estará farto de estar em casa, mas a ordem é mesmo para continuar no remanso do lar. Que é o comportamento que esperamos dos leitores da Gazeta, porque como dizia hoje o presidente Marcelo, “se querem ganhar a liberdade em maio, temos de a ganhar em abril” Cuidem-se.