Edição nº 1638 - 13 de maio de 2020

João Carlos Antunes
Apontamentos da Semana...

FAZIAM EXATAMENTE 5 ANOS que a Europa festejara nas ruas a queda do regime nazi, nascia um projeto que visava a construção de um futuro de paz e desenvolvimento entre os seus povos. O ministro francês dos Negócios Estrangeiros Robert Schuman estendia a mão à Alemanha para a participação no projeto duradouro de uma Europa unida, que ele desenhou em colaboração com Jean Monnet e apresentou a 9 de maio de 1950, considerado desde então esse o dia da construção da União Europeia. O projeto garantiria que o velho continente não sofreria de novo barbárie da guerra, ao partilhar entre os dois maiores e mais influentes países, que constituíam o eixo franco-alemão, o controlo da produção do carvão e do aço, as matérias primas mais importantes para a produção de armamento. E foram precisos mais 17 anos até se chegar à Comunidade Económica Europeia resultado do Tratado de Roma, assinado por seis estados, de onde estariam arredados por muitos anos Portugal e Espanha por não serem países democráticos, item indispensável à pertença daquele clube europeu. Este ano contam-se os setenta anos da sua fundação, uma data redonda que naturalmente seria comemorada com pompa e circunstância não fora a pandemia que deixou as ruas, os parques, jardins e estádios praticamente desertos. Uma Europa que se foi construindo, que teve de enfrentar situações muito difíceis, e que atravessa agora um dos seus piores momentos que podem por mesmo em causa a sua existência. No meio da pandemia e ainda não refeita do Brexit eis que o Tribunal Constitucional Alemão toma uma decisão gravíssima e que contraria o espírito da união europeia...

UM POUCO POR TODA A EUROPA se tenta passar ao day after, ao fim do confinamento e o retorno das atividades económicas e sociais. Com muitas condicionantes, para que se evite uma segunda onda pandémica que seria, por várias razões, ainda mais dramática. Mesmo que muito receosos, voltamos para as ruas, reativa-se a economia e vamos descobrindo a realidade que se adivinhava. Futuro incerto, desemprego e fome a atingir uma camada de população que não se imaginava há apenas três meses a viver estas angústias. Além da solidariedade da sociedade civil, espera-se que o estado faça todo o possível, ou o impossível, por minimizar estes dramas sociais que vão agudizar-se nos próximos meses. Porque ninguém espere que, como por magia, nos próximos meses a economia se volte sequer a aproximar da situação vivida antes do vírus. Em todas as vertentes da nossa vida os condicionantes serão enormes. Alguns como os que se querem impor para a reabertura das creches, só poderão ter sido pensados por quem não tem a mínima ideia do que é o desenvolvimento psicosocial da criança. Impedir a aproximação entre crianças numa creche ou jardim escola, impedir a partilha de brinquedos, o mesmo que impedir as brincadeiras é uma ideia tão estapafúrdia que até dói. Para isso, o melhor é deixar as crianças em casa. Gostaríamos de dizer, com os avós...

13/05/2020
 

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