Edição nº 1640 - 27 de maio de 2020

António Tavares
Editorial

A distribuição dos 15 milhões de euros dos apoios do Estado aos media, como forma de enfrentar a crise provocada no setor pela pandemia de COVID-19, sob a forma de publicidade institucional já é conhecida. E surpresa, ou talvez não, porque já havia a suspeita, a grande fatia da verba vai para os órgãos de Comunicação Social nacional e, por sua vez, para os grandes grupos.
O grupo Impresa, que inclui a SIC, o Expresso e a Blitz receberá três milhões 491 mil euros e o grupo Media Capital, que inclui a TVI, a Rádio Comercial, a M80, a Cidade, a Smooth FM e a produtora Plural, receberá três milhões 342 mil euros. Ou seja, só estes dois grupos receberão cerca de 6,8 milhões de euros, quase metade do valor global.
Mais, cada um destes dois grupos receberá quase tanto como a verba destinada para aos órgãos de comunicação de âmbito regional e local, que, em todo o País, receberão 3,7 milhões de euros.
É óbvio que a dimensão destes grupos é diferente daquela que caracteriza os órgãos de âmbito regional e local. Mas também não deixa de ser verdade que as dificuldades que cada um enfrenta também são diferentes, caracterizando-se por uma dificuldade acrescida para quem assume a missão de informar no Interior.
Mas a dura realidade, infelizmente, é assim e para os pequenos ficam as migalhas.
E, eis a questão: Que opinião têm os deputados do PS e PSD eleitos pelo Círculo Eleitoral de Castelo Branco, que na campanha para as Legislativas de outubro do ano passado reuniram com os órgãos de Comunicação Social da Região, para saber das suas dificuldades e mostrar o seu apoio e empenho em ultrapassar as dificuldades? Já fizeram ou tentaram fazer algo, ou só voltarão a lembrar-se dos órgãos de Comunicação Social do Distrito, nas próximas eleições?

27/05/2020
 

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