António Tavares
Editorial
Um sonho da Região, velho de anos, pode estar a um passo de se tornar realidade. Trata-se do Itinerário Complementar 31 (IC31), que assegurará a ligação entre a Autoestrada da Beira Interior (A23) e a fronteira com Espanha, nas Termas de Monfortinho.
O IC31 tem sido reivindicado há muitos anos e já fez correr rios de tinta na Comunicação Social, mas, infelizmente, nunca saiu do papel, mantendo-se como uma miragem.
Agora, tudo indica que, finalmente, esta via de comunicação integra o Plano Nacional de Investimentos 2030 e que será, também, um dos temas em cima da mesa ma próxima cimeira luso-espanhola, que se deverá realizar no final deste mês ou no início do próximo.
As perspetivas são promissoras, mas, há que ser realista, são apenas apenas promessas. Mesmo que tudo corra pelo melhor, mais importante que ficar decidida a sua concretização, é que o plano e as obras cheguem efetivamente ao terreno e que, depois, se concretizem o mais rapidamente possível.
Sem deixar de ter em consideração que na melhor das hipóteses o IC31 só estará concluído entre 2014 e 2030, a certeza é que já vem tarde, quer para a Região, quer para o País.
Vem tarde para a Região, porque o IC31 é, sem margem para qualquer dúvida, uma ligação rodoviária estruturante e importante, que já devida estar concluído há muito tempo.
Vem tarde para o País, porque também neste caso já devia ser uma realidade há muitos anos, permitindo uma ligação do Centro de Portugal a Espanha e à Europa.
Mesmo tarde, há que esperar que o IC31 se concretize e não seja apenas mais uma promessa, como acontece em muitos casos.