EM SESSÃO DE CÂMARA
PSD acusa executivo de “viver numa bolha comunicacional”
O vereador do Partido Social Democrata (PSD) na Câmara de Castelo Branco, Carlos Almeida, acusa o executivo de “viver numa bolha comunicacional”.
A posição foi assumida na reunião pública do executivo camarário realizada na passada sexta-feira, 16 de outubro, com Carlos Almeida a começar por abordar “a assessoria de Luís Bernardo, no anterior executivo”, para realçar que esta é uma “história que seria pessoal, sem interesse político”, não fosse o facto de “ a 27 de agosto ter assinado um contrato”.
O vereador social democrata recordou de seguida que “na reunião pública de 19 de junho questionei o ex-presidente da Câmara (Luís Correia) se era verdade ou não se Luís Bernardo ia ser contratado e quem iria pagar a conta. Fiz no total quatro perguntas, mas todas ficaram sem resposta.
Isto para adiantar que “a 26 de junho foi publicada uma entrevista no Expresso on-line, em que Castelo Branco passa a ser notícia a nível nacional, não pelas piores razões, mas centrado sempre na mesma pessoa”.
Continua que “dia 21 de julho, no jornal I, surge uma capa onde se fala que os antigos socráticos prepara um assalto ao poder”, sendo “depreciativa para figuras do Partido Socialista (PS) de Castelo Branco e às quais associam também a minha pessoa”. Tudo para referir que essa foi uma “notícia simpática que todos os políticos gostam de ter”.
Na sua narrativa cronológica Carlos Almeida continua que “a 23 de agosto é publicado um artigo de opinião, no Público, do autarca Luís Correia”.
Acrescenta que “dia 1 de outubro, na revista Sábado é publicada uma pequena investigação, sobre um contrato herdado”.
Perante isto, Carlos Almeida afirma que “são muitas coincidências para que tudo seja fruto da minha imaginação”, o que leva a questionar o executivo camarário sobre “o que nos tem a dizer sobre este contrato herdado”, bem como “onde estão as prioridades deste executivo e a preocupação comas pessoas deste concelho”.
Ainda focado na área da comunicação, Carlos Almeida refere-se “a três contratos, de quase 100 mil euros”, para mais à frente reiterar que “o PS vive, aparentemente, numa bolha comunicacional”, questionando “quais são as prioridades? São as pessoas? Não existe Gabinete de Comunicação neste município?” e falou ainda numa “prestação de serviços de Comunicação Social”.
Isto, contrapõe, “quando nas artérias principais da cidade vemos estabelecimentos que fecham”, para defender que “este esbanjar choca quem no dia a dia tem dificuldade para pagar as contas mais elementares”.
Na resposta a vereadora socialista Cláudia Domingues, com base nas afirmações de Carlos Almeida, perguntou-lhe, em relação à “notícia simpática”, se “é a entrevista que também gostaria de ter”.
Cláudia Domingues que mais à frente também questionou Carlos Almeida ao avançar que “fala de Gabinete de Comunicação e numa prestação de serviços. A que prestação de serviços se refere?”.
Por seu lado, o presidente da Câmara, José Augusto Alves, começou por realçar, em relação a bolhas, que “há termos que não gosto de utilizar”.
Já quanto ao Gabinete de Comunicação Social fez questão de recordar que explicar que “em 2019 foram abertos lugares para o Gabinete de Apoio, mas nenhum foi preenchido”, sublinhando, também, que “não existe Gabinete de Comunicação na Câmara. O que existe é um Gabinete de Apoio à Presidência que, por sua vez, tem a Comunicação, mas os lugares não foram ocupados”. Tudo isto sem perder a oportunidade de explicar que “Comunicação Social é uma coisa, Comunicação é outra muito mais vasta”.
José Augusto Alves frisou igualmente que “as pessoas são a nossa preocupação diária, sistemática” e de caminho aproveitou para adiantar que são “5,5 milhões de euros a serem investidos na cidade e nas freguesias”.
António Tavares