A. Garrido
Aldeias em movimento
As Aldeias estão há mercê dos que procuram por habilidades duvidosas acabar com o minifúndio e culturas de subsistência.
Reparem que em época de pandemia nem uma palavra de protecção a este sector nem há sua mobilidade.
Querem converter tudo em mega projectos sendo a maioria ligada a fundos estranhos ou empresas pré-fabricadas. Mas a haver projectos bem-intencionados, devem ser estudados e irem para locais não muito próximos das Aldeias e Vilas, de forma a dar vida, movimento e protecção aos terrenos mais remotos.
No presente os sinais são de que gostam mais de estar perto do alcatrão.
As Aldeias devem ser valorizadas com apoios reais (energia-net-impostos e natalidade ) de forma a criar apetite para quem lá está ou os que querem lá viver e trabalhar.
Para tal o poder local deve criar condições mais aliciantes.
Por exemplo deixarem de fazer gastos em festas duplicadas e valorizar as existentes tradicionais e ancestrais de forma a transferir valores monetários para infra-estruturas de apoio às populações e alavancar as economias locais sem preconceitos e partidarite.
Desenvolver e aproximar os naturais que estão fora e têm meios financeiros e de negócios para investirem na terra natal.
Ou as Juntas devem democraticamente “ dar ouvidos” aos que não sendo eleitores têm segunda habitação ou terrenos.
No caso deve haver assembleia com dia e hora para estes cidadãos.
É sabido que as populações estão a envelhecer e carentes de apoios para se manterem nas suas terras e não terem que emigrar em busca de um Lar.
Exemplos práticos:
Muitas Aldeias não têm postos de primeiros socorros, muitos Lares não têm enfermeiro a tempo inteiro (e viu-se o resultado). Então as Juntas devem suportar custos para haver um posto clínico de saúde de molde a criar equipas que ajudem em tempo real as populações.
Por outro lado vem a pressão da Lei das queimas e queimadas. Que a não serem feitas dá stress e consequências têm sido diabólicas.
Aqui as Juntas, Câmaras e Governo têm papel fundamental a desenvolver e resolver.
Dar solução aos sobrantes que todos sabem que têm que ser destruídos. Mas para tal há que pensar na qualidade ambiental e segurança pessoal das populações.
Passa por evitar as queimas, neste particular a melhor solução é a trituração ficando a matéria no terreno moída e nada se perde, ou levarem para biomassa.
É aqui que as Juntas e Câmaras devem criar um parque de máquinas para entre ajuda permite criar emprego e tirar preocupações às populações. A solução passa por dinamizar um serviço idêntico ao das malhadeiras de outros tempos. Tal serviço passaria pelas juntas deviam criar equipas de trabalho para acudir aos mais idosos e não só que têm pequenas parcelas de terreno.
Serviços esses a serem feitos por inscrição e pagos a preços simbólicos de acordo com IRS ou reforma.
No que se refere aos excedentes agrícolas devem ter plano de escoamento da produção. Assim sendo, as Juntas e Câmaras criarem uma rede de transporte de molde a recolher e entregar nos mercados abastecedores devidamente regulados cujos os retornos financeiros deveriam ser tratados de forma meramente contabilística.
Várias são as vantagens, fixar população, dar emprego e aumentar a nossa auto-suficiência alimentar. Difícil, não me parece. Haja Vontade.
A. Garrido