António Tavares
Editorial
As eleições Legislativas do passado domingo, 30 de janeiro, revelaram a vitória do Partido Socialista (PS) com uma maioria absoluta, que não era esperada por quase ou mesmo ninguém. Mas essa foi a decisão dos eleitores nas urnas, os quais, no Distrito de Castelo Branco também fizeram com que o PS seja ainda mais o partido dominante, uma vez que venceu em nove dos 11 concelhos.
Este momento eleitoral ficou também marcado pela adesão dos eleitores que, apesar de se estar ainda em pandemia, não deixaram de exercer o seu direito cívico e votaram, fazendo com que a abstenção tenha descido e não tenha atingido os valores enormes registados noutros atos eleitorais.
Muitos factos terão contribuído para isso, mas do que não resta dúvida é que os Portugueses, quando está em causa o futuro do País e a responsabilidade lhes bate à porta, sabem dar a resposta adequada, como se espera que aconteça numa democracia amadurecida.
Mas, por outro lado, estas eleições levantam outra questão. Com os infetados e as pessoas em isolamento profilático a poderem sair de casa para votar, como reagirão agora, quando lhes dizem que não o podem fazer, por exemplo, para ir a uma consulta médica que esperam há longos meses. Não está em causa o direito de exercer o direito de voto, que é importantíssimo, mas a controvérsia está levantada. Se a solução para resolver este problema poderia ter sido outra, poderia, se tivesse sido estudada a tempo. E isto só vem provar que cada vez mais é preciso avançar, pois estamos no Século XXI, e pensar em implementar o voto eletrónico.