António Tavares
Editorial
Em Portugal, segundo dados disponíveis, está a aumentar a venda de livros, com um aspeto relevante, porque os jovens estão a aderir à leitura.
A venda de livros teve um impulso com a pandemia de COVID-19, pois com as pessoas a terem de ficar mais em casa descobriram ou redescobriram o prazer da leitura de um livro.
Os números revelam que em 2022 o mercado livreiro cresceu 15 por cento, calculando-se que no ano passado o crescimento se manteve, mas menor, na ordem dos cinco pontos percentuais.
Seja como for, não há a menor dúvida que existe esse lado positivo do aumento da venda de livros, mas um crescimento que, apesar de tudo, não é muito significativo, tanto mais se se considerar que, anteriormente, as vendas apresentavam valores muito baixos.
Mas tudo isto significa uma esperança no futuro e na valorização do livro, com todas as vantagens que resultam da leitura. É sempre de relembrar que ler um livro é viajar sem sair do lugar, é sonhar acordado, e muito mais, sem esquecer que a leitura enriquece qualquer um a vários níveis, como a capacidade de interpretação, o enriquecimento do vocabulário, a melhoria na capacidade de se expressar, um melhor domínio da leitura e da escrita e muito mais.
Afinal ler acaba por representar um mundo de vantagens, quer se trate de ler um livro, uma revista, ou um jornal, sendo que, neste último caso ainda há a acrescentar a aquisição de conhecimento, através da informação, não restando a menor dúvida que qualquer pessoa, quanto mais informada, mais zelará pela liberdade e mais livre será.