16 outubro 2013

Centro de Cultura Contemporânea abre com exposição latino-americana de Joe Berardo
“Castelo Branco merece um equipamento destes”

O Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco (CCCCB) foi inaugurado domingo, numa cerimónia à qual centenas de albicastrenses se quiseram associar.
Pela primeira vez, o CCCCB, cuja decisão de construção foi para o presidente da Câmara de Castelo Branco, “uma das decisões mais difíceis” que teve de tomar, tal como confidenciou no seu discurso, abriu as portas ao grande público que, gratuitamente, teve a oportunidade de apreciar, não só o edifício, como também a exposição latino-americana de Joe Berardo, que vai estar exposta em Castelo Branco durante um ano.
Mas, apesar da confidência sobre a difícil decisão de avançar com esta obra da autoria do arquiteto catalão, Josep Mateo, cujo custo rondou os cinco milhões de euros e que demorou cerca de ano e meio a ficar concluída, Joaquim Morão, referiu perante os albicastrenses presentes, que “hoje digo que em boa hora o fiz e em boa hora assumi esse risco”.
Para o autarca albicastrense que está prestes a deixar a presidência da Câmara, devido ao limite de mandatos, “Castelo Branco merece um equipamento destes. Enquanto obra de arquitetura e enquanto centro de cultura contemporânea, a cidade de Castelo Branco e a região da Beira Baixa ficam mais ricas, uma vez que este é um equipamento de grande atratividade”, disse.
No entanto, Joaquim Morão recordou ainda que o edifício projetado por Josep Mateo “é também o remate da Devesa, esta magnífica praça que é o novo centro urbano da cidade e que é um bom exemplo de recuperação urbana e um bom exemplo de arquitetura em qualquer país europeu”.
Por outro lado, o autarca disse ainda que o momento que aqui vivemos reforça a minha convicção que o CCCCB era o elo que faltava na cadeia de equipamentos com que dotamos o Concelho e a Região. O nosso trabalho valeu a pena. Este projeto vale a pena”, conclui Joaquim Morão.

O fim e o princípio
de um ciclo
O presidente da Câmara de Castelo Branco aproveitou a cerimónia de inauguração do CCCCB para dirigir algumas palavras ao presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Pedro Saraiva, pelo “apoio, amizade e dedicação”, sendo segundo Morão, uma pessoa muitas vezes determinante para conseguirmos os apoios necessários para os projetos que temos levado a cabo em Castelo Branco.
De igual modo, realçou a colaboração do comendador Joe Berardo com a Câmara, que permitiu inaugurar o CCCCB com esta exposição de arte latino-americana, uma exposição que “poderia apresentar-se em qualquer capital europeia”.
Também o arquiteto catalão Josep Mateo, mereceu palavras de elogio, pelo arrojo e pelo modo como sempre colaborou com a Câmara.
Mas, Joaquim Morão não se esqueceu também de referir e deixar uma palavra de apreço ao então presidente da CCDRC, Alfredo Marques, e à gestora do Programa Operacional de Valorização do Território, Helena Azevedo. É que, segundo o autarca, um projeto desta dimensão “só foi possível de concretizar, porque contamos no momento próprio com a sua ajuda e o seu empenho”.
Visivelmente satisfeito, o autarca albicastrense fez ainda questão de sublinhar que a inauguração do CCCCB “é um fim e o princípio de um ciclo de investimentos na área da cultura”, concretizado pela Câmara ao longo dos últimos 16 anos e cujo momento mais marcante e importante, foi desde logo a recuperação do Cine-Teatro Avenida que representa o início de todo um ciclo de mudança na área cultural de Castelo Branco.
Depois seguiram-se outros equipamentos e outros projetos, que Joaquim Morão fez questão de recordar, nomeadamente, o Museu Cargaleiro, o Museu do Canteiro, a recuperação do Museu Francisco Tavares Proença Júnior, a nova Biblioteca Municipal, a reabilitação do Conservatório Regional ou o projeto Belgais que segundo o autarca, “enquanto durou, mereceu da Câmara, todo o apoio possível”.
No entanto, Joaquim Morão referiu que estar a enumerar todas as iniciativas desenvolvidas pela autarquia ao nível da promoção da cultura, “seria uma tarefa difícil e demorada. Estas breves referências pretendem apenas ser um resumo do muito que fizemos na área cultural”, disse.
A concluir, o presidente da Câmara, num gesto de humildade, deixou bem claro perante todos os presentes que “não temos a pretensão de saber tudo, mas sem- pre tivemos a capacidade de procurar os melhores para colaborarem connosco e para fazermos esta grande obra em Castelo Branco”, que na opinião do autarca, “tem capacidade para continuar a lutar pelo seu futuro como nunca o fez. Tem todas as condições para isso”, concluiu.

 

16/10/2013
 

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