PELA OBRA AMADO AMATO
Pedro Salvado recebe prémio da União Brasileira de Escritores
A União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro atribuiu o prémio Joaquim Montezuma de Carvalho ao investigador albicastrense Pedro Miguel Salvado, pela organização da antologia de poesia Amado Amato.
A obra foi editada pela Câmara de Castelo Branco, no âmbito das comemorações do 500.º aniversário do nascimento de Amato Lusitano e abarca cerca de 80 poetas que em língua portuguesa escreveram sobre as virtudes e os medos de uma das figuras mais salientes da história da Medicina europeia do Século XVI, João Rodrigues de Castelo Branco.
Amado Amato foi considerada pelo júri como um projeto de grande singularidade, ao mesmo tempo que o prémio reconhece Pedro Salvado como divulgador de poetas portugueses.
Recorde-se que Pedro Salvado, especialista em cultura regional, organizou e promoveu várias antologias poéticas como a Palavras Partindo-se (2001), que reúne poesias sobre Castelo Branco e que será reeditada em 2014, Vento Sombra de Vozes/Viento sombra de voces (2004), os Rumos do Vento/Los rumbos del viento (2005), Palavras de Vento e de Pedra (2006) e Sombra Branca (2013).
Amado Amato é cocoordenada por Maria de Lurdes Barata e reúne poemas de Albano Martins, Alice Macedo Campos; Alice Spíndola; Alfredo Pérez Alencart; Álvaro Diz; Américo Rodrigues; Ana Luísa Amaral; António Ferra; António José Queiroz; António Miranda, António Ramos Rosa, António Ribeiro, António Salvado, Araceli Sagüillo, Astrid Cabral, Aurelino Costa; Carlos Nejar; Carlos Vaz; Conceição Riachos; Daniel Abrunheiro; Eddy Chambino; Eduardo Aroso; E. M. de Melo e Castro; Fernando Aguiar; Fernando Díaz San Miguel; Fernando Grade; Gabriela Rocha Martins; Gisela Ramos Rosa; Graça Pires; Hendrick Van Noort; Isabel Leonor Forte Salvado; Ivan Junqueira; Jesus Fonseca Escartín; Jesús Losada; João Camilo; João-Maria Nabais; João Rasteiro; João de Sousa Teixeira; Joaquim Simões; Jorge Fragoso; Jorge Velhote; José Antunes Ribeiro; José do Carmo Francisco; José Emílio-Nelson; José María Muñoz Quirós; José Miguel Santolaya Silva; Leocádia Regalo; Luís-Cláudio Ribeiro; Luís Frayle Delgado; Manuel a. Domingos; Manuel António Pina; Manuel da Mata; Manuel Silva-Terra; Margalit Matitiahu; Maria Estela Guedes; Maria José Leal; Maria de Lourdes Hortas; Maria de Lurdes Gouveia Barata; Maria do Sameiro Barroso; Maria Toscano; Mário Hélio; Miguel de Carvalho; Nicolau Saião; Orlando Jorge Figueiredo; Óscar Rodrigue; Paulo Jorge Brito Abreu; Pedro outono; Pompeu Miguel Martins; Porfírio Al Brandão; Raúl Vacas; Rui Almeida; Ruy Ventura; Sandra Guerreiro; Sara Canelhas; Stefaania di Leo; Stella Leonardos; Sylvia Beirute; Tiago Nené; Tiago Veiga; Verónica Amat e Victor Oliveira Mateus.
Pedro Salvado considera que «com esta antologia os poetas certificaram que a memória de Amato continua viva e é um extraordinário exemplo de como um proscrito demandava a paz promovendo a descoberta dos segredos da vida, ultrapassando todos os muros da intolerância, sempre com um grande respeito pela multiculturalidade que tecia a Europa de então. Hoje, apesar da queda do grande muro em 1985, metade da Europa está amnésica quanto ao seu passado recente e antigo. A poesia ativou a rememoração e iluminou a obscuridade do olvido”.
Acrescenta que “quanto ao prémio não concorri a nada. Fui premiado pela UBE pelo meu trabalho de divulgador da poesia. Sou filho e irmão de poetas e um despretensioso leitor de poesia. E chega-me. Foi uma honra ter recebido sim a primeira edição deste prémio que tem como patrono um dos intelectuais que mais fortaleceu as relações culturais entre Portugal e o Brasil. A Beira Baixa e Castelo Branco terão de ser sim um dos pólos principais dessa cooperação transatlântica. A poesia une”.