Em dia de comemoração dos 43 anos da elevação de Alcainsa vila e no dia do 10º aniversário do Museu do Canteiro, o presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco enalteceu o “bairrismo positivo” da comunidade alcainense.
“Interpreto e sei interpretar o sentimento e o viver das gentes de Alcains”, referiu Luís Correia durante as comemorações que se realizaram no passado domingo, no auditório do Centro Cultural da vila.
O autarca, recordando palavras do comendador e anterior presidente da câmara, Joaquim Morão, reafirmou que Alcains faz parte da estratégia de desenvolvimento do município, pelo que “será tratada como se fosse uma cidade”.
“Nós queremos manter a mesma matriz de trabalho e incentivo”, disse Luís Correia.
“Tudo o que decidimos fazer é em prol e pelo bem das pessoas e nunca para as prejudicar, mas há gente que quer distorcer isso. Corremos riscos e também erramos, só não erra quem nada faz”, adiantou o presidente da câmara de Castelo Branco, referindo-se à polémica que surgiu em torno da instalação de uma fábrica de bagaço de azeitona na vila.
Mas, o dia era de festa e Luis Correia deixou ainda o anúncio de um punhado de obras para concretizar brevemente em Alcains, como as requalificações da Quinta da Pedreira, Avenida da Liberdade e a praça da vila.
O autarca sublinhou ainda que a câmara vai ainda avançar com projetos para a valorização do queijo de Alcains e a alfaiataria. “Vamos continuar a investir em Alcains. Queremos que estas três obras (as requalificações) sejam marcantes para a vila e espero que marquem este mandato, mas queremos continuar a apostar na economia e na criação de emprego”, referiu.

“Foi aqui que
tudo começou”
Por seu turno, o comendador e ex-presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, Joaquim Morão, um dos principais mentores da criação do Centro Cultural de Alcains e do Museu do Canteiro e que foi, a par de Luis Correia homenageado, recordou toda a história da instalação do Museu do Canteiro e a criação do Centro Cultural de Alcains, no solar Ulisses Pardal, edifício adquirido ainda pelo ex-autarca, César Vila Franca.
E, para todos aqueles que nunca o identificaram como um homem virado para a cultura, Joaquim Morão respondeu com o início da estratégia cultural, precisamente, em Alcains.
“Começámos aqui a implementar a nossa estratégia cultural para o concelho, seguiu-se o Cine-Teatro de Castelo Branco e o Centro de Cultura Contemporânea com o qual terminamos”, disse. O comendador recordou ainda que a partir de 2009, Castelo Branco passou a ter uma programação cultural de relevo, mas realçou que “foi aqui que tudo começou”.
“Tudo isto foi feito, não para sermos homenageados. O nosso modo de estar foi sempre o de servir a causa pública e lutar pelo desenvolvimento das nossas terras e lutar por uma estratégia”, adiantou Joaquim Morão. O ex-presidente da Câmara de Castelo Branco referiu também que Luis Correia “vai dar um novo fôlego” ao concelho, “porque tem capacidade para isso”. “Continuo a intervir enquanto tiver força e a servir a causa pública”, concluiu Joaquim Morão.
A presidente da Junta de Freguesia de Alcains, Cristina Granada, elogiou o trabalho feito em prol da vila, quer por Joaquim Morão, quer, agora, por Luis Correia.
“Hoje aqui falamos de um passado muito recente e do futuro muito promissor para Alcains”, disse.
Cristina Granada sublinhou ainda a união que reina entre o executivo da Junta de Freguesia que lidera e fez também ela, uma breve resenha de toda a história da criação do Museu do Canteiro e do Centro Cultural de Alcains. A autarca deixou ainda palavras de apreço e de elogio a Joaquim Morão e a Luís Correia, ambos homenageados pela Junta de Freguesia de Alcains, pelo trabalho feito em prol da vila.

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