O Grupo de Estudos e Defesa do Património Cultural e Natural da Gardunha (GEGA), de São Vicente da Beira, Concelho de Castelo Branco, organizou, sábado, um serão cultural na Praça Medieval, tendo como tema a recuperação dos toques de sinos de antigamente, uma tradição que ao longo dos anos se foi perdendo.
Os toques tradicionais, feitos por pessoas, desapareceram para dar lugar aos chamados toques eletrónicos.
A reconstituição feita pelo GEGA surge depois de um trabalho de recolha feito em S. Vicente da Beira, onde os sinos em tempos passados eram, sobretudo, um meio de informação e de convocação.
Dos variados toques usados, sabia-se que ia haver missa, que se estava perante um falecimento ou que era hora de rezar ou, ainda, que tinha havido um batizado.
Para as situações mais aflitas, o povo era convocado a dar a sua ajuda pelo toque a rebate por um sino que atualmente já está apeado, devido à idade do seu fabrico, 1619.
E, foi a pensar na recordação dos toques de antigamente que uma equipa do GEGA meteu mãos à obra e com a colaboração de muitos vicentinos, foi possível recuperar os toques e sons de tempos idos.
De memória em memória, foram-se juntando os toques e como resultado final foram tocados ao vivo, sábado.
O GEGA, além de proporcionar aos residentes e visitantes o recordar de uma tradição, disponibiliza para quem está longe, os vídeos das festas, tradições e história na sua página do Facebook.
António José, um dos responsáveis do GEGA, afirmou que “este foi mais um trabalho no seguimento do lema que nos propusemos seguir e que é recolher, preservar e divulgar o património de São Vicente da Beira”.
Presente no serão cultural, esteve também Fernando Raposo, o vereador da cultura da Câmara de Castelo Branco e a vereadora Teresa Martins.

Outros Artigos