13 de abril de 2016

TOMADA DE POSSE ESTÁ MARCADA PARA ESTA QUINTA-FEIRA
Novo ministro da Cultura é de Idanha-a-Nova

Luís Filipe Castro Mendes, de 66 anos, natural de Idanha-a-Nova será o novo ministro da Cultura, na sequência do convite que lhe foi feito nesse sentido, pelo Primeiro Ministro, António Costa, estando a sua tomada de posse marcada para esta quinta-feira.
O novo tutelar da pasta da Cultura sucede no cargo a João Soares, que se demitiu na sequência da polémica das bofetadas, ao reagir aos artigos dos colunistas Augusto M. Seabra e Vasco Pulido Valente, do jornal Público.
Em declarações ao jornal Público, Luís Filipe Castro Mendes afirmou que “aceitei com muita honra e responsabilidade o convite que me foi feito pelo senhor Primeiro Ministro”, adiantando que “é um desafio ao qual procurarei responder tão bem quanto puder e souber”.
O presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, em declarações à Gazeta, afirma que “é muito interessante que tenha sido indigitado um natural de Idanha-a-Nova” para o cargo de ministro da Cultura, revelando estar convicto que “vai realizar um bom trabalho”.
Armindo Jacinto realça que Luís Filipe Castro Mendes “é conhecido, a nível cultural”, não deixando também de sublinhar que “tem sensibilidade para as artes e para a cultura”.
Por outro lado, o autarca destaca que o novo ministro da Cultura “integrou a comissão da candidatura de Idanha-a-Nova a Cidade Criativa da Música, pela UNESCO, na qual teve um papel importante, pela ajuda que nos proporcionou”, concluindo que “desempenhou um trabalho fundamental”.
Ajuda que não se limitou a esta candidatura, uma vez que, revela, Luís Filipe Castro Mendes “tem mantido uma colaboração com Idanha-a-Nova em diversos projetos culturais”.
O autarca reafirma, por isso que é com “muita satisfação” que vê “um Idanhense na pasta da Cultura”, tratando-se de alguém que “tem um vasto currículo que vai desempenhar bem a função, com vastos êxitos para toda a cultura, em Portugal”.

Embaixador, poeta
e ficcionista
Luís Filipe Castro Mendes é formado em Direito, mas desde cedo revelou um gosto especial pela Literatura. Assim, ainda adolescente, começou a fazer publicações no suplemento juvenil do Diário de Lisboa.
O primeiro livro, Recados, foi publicado sob a chancela da Imprensa Nacional, em 1983. Seguiu-se, em 1984, o livro de ficção Areias Escuras, bem como Seis Elegias e Outros Poemas, com o qual foi distinguido com o Prémio da Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto.
Da lista de obras publicadas fazem ainda parte Ilha dos Mortos  (1991), Viagem de inverno (1993), O Jogo de Fazer Versos  (1994),  Modos de Música  (1996),  Outras Canções  (1998),  Poesia Reunida  (1985-1999), Os Dias Inventados  (2001) e Lendas da Índia (2011), que foi distinguido com o Prémio António Quadros.
No currículo de Luís Filipe Castro Mendes constam as assessorias a Melo Antunes, no Ministério dos Negócios Estrangeiros, e a Ramalho Eanes, na Presidência da República.
Na década de 90 do século passado, foi colocado como cônsul-geral de Portugal no Rio de Janeiro, no Brasil, e a sua primeira missão como embaixador teve lugar em Budapeste, na Hungria.
Luís Filipe Castro Mendes foi também representante de Portugal na Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) e desde 2012 até ao convite para ministro da Cultura, foi o representante de Portugal junto do Conselho da Europa, em Estrasburgo, na França.
António Tavares

13/04/2016
 

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