Seminário abordou as Novas Dinâmicas Empresariais na Agricultura Regional
Novos empreendedores modificam o espaço rural
O presidente da Associação Empresarial da Beira Baixa (AEBB), José Gameiro, disse que os novos empreendedores que se estão a fixar na Região, dado o elevado grau de habilitações, vão modificar o espaço rural, aumentando a diversidade de atividades associadas à atividade agrícola.
“Há jovens a instalarem-se como novos agricultores por via de iniciativas de implementação de novos projetos e o panorama territorial está em mutação”, disse o presidente da AEBB, José Gameiro.
Este responsável, que falava no passado dia 29 de setembro, durante a sessão de abertura do seminário Novas Di- nâmicas Empresariais na Agricultura Regional – Oportunidades e Desafios promovido pela AEBB, realçou a nova dinâmica que se vive no setor agrícola da Região, sobretudo, com a instalação de novos projetos.
Adiantou ainda que os novos empreendedores que se estão a fixar na Região, dado o elevado grau de habilitações, vão modificar o espaço rural, aumentando a diversidade de atividades associadas à atividade agrícola.
“Temos que saber tirar partido desta transformação”, frisou.
José Gameiro, realçou ainda o peso atual que a Região Centro tem no setor agrícola, onde já representa 30 por cento da área nacional de olival e mais de 20 por cento da área de vinha.
“A Região Centro já representa quase 30 por cento da área nacional de olival, mais de 20 por cento da área de vinha, entre 25 a 40 por cento de diversas frutícolas, e mais de 15 por cento de hortícolas. Isto tem já um peso nacional considerável”, disse.
Contudo, o presidente da AEBB alertou para a falta de um conjunto de incrementos territoriais que facilitem a fixação dos novos empreendedores na Região.
Já a diretora regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAPC), Adelina Martins, sublinhou a presença no território de empresários agrícolas cada vez mais informados.
“Temos tido cada vez mais empresários agrícolas informados. Hoje em dia a informação, a formação e o conhecimento são determinantes para qualquer setor de atividade. São esses os empresários que irão vingar”, disse.
A responsável pela agricultura do Centro realçou ainda a multifuncionalidade do território, uma área que não pode deixar de se explorar: “Essa multifulcionalidade deve estar associada ao turismo que a agricultura e a produção agrícola potencia”.
Adelina Martins deixou ainda uma questão para reflexxão ao longo do seminário: “Será que a Região pode produzir produtos que sejam os melhores do Mundo?”
Segundo a responsável da DRAPC, para o fazer tem que se pensar nas oportunidades existentes no território.
“As nossas oportunidades passam por aquilo que é a produção qualificada. Vivemos num território excelente, onde produzimos bons produtos com uma boa história e que estão diretamente associados a um território de eleição. São esses valores que temos que elevar e promover”, concluiu.
O vice-presidente da Câmara de Castelo Branco, Arnaldo Brás, sublinhou o investimento que o município tem feito no setor agroalimentar da Região, com a criação de infraestruturas ligadas à investigação e à produção.
Exemplos como o Centro de Apoio Tecnológico Agroalimentar (CATAA), a Associação do Cluster Agroindustrial do Centro (InovCluster), a Central Meleira ou o Parque de Leilão de Gado foram realçados pelo autarca.
“A Câmara de Castelo Branco tem tido ao longo dos anos, a preocupação de lutar contra a desertificação e o abandono do território com várias iniciativas”, disse.
Realçou ainda o trabalho que o município tem feito ao nível das acessibilidades, com a abertura de quilómetros de novos caminhos rurais, permitindo a deslocação de pessoas e bens ou a requalificação dos mercados municipais, criando condições para a comercialização dos produtos agrícolas.