A TSU do nosso descontentamento! – A Taxa Social Única tornou-se objeto de controvérsia. De polémica. Política? Não. Politiqueira.
Vejamos a história. Todos os partidos, associações sindicais e patronais acham importante que no País haja mecanismos de concertação social. E criou-se o Conselho Económico e Social com um Conselho Permanente de Concertação Social. Um conselho tripartido: Governo, organizações empresariais (CIP; CAP;CCP e CTP) organizações sindicais (CGTP-IN e UGT). A funcionar desde 1992.
Mas qual foi a origem da polémica e do descontentamento?
Em sede de Concertação Social todos os parceiros, com exceção da Intersindical acordaram na descida da TSU, a partir de janeiro de 2017, de 23,75, para 22,50. Era a contrapartida, exigida ao Governo, pelo patronato para aceitar a subida do salário mínimo nacional para 557 euros, também a partir de janeiro.
Governo e UGT, ponderados os problemas, aceitaram a exigência. Apesar de discordarem. Obtinham o essencial: a subida do ordenado mínimo e um acordo de concertação. Uma questão política! A CGTP-IN manteve-se igual a si própria. Só aceita acordos se as suas exigências tiverem acolhimento. Uma questão política!
Sabia-se que PCP, Bloco de Esquerda e Verdes eram contra. Julgava-se saber que o PSD, que aceitara, enquanto governo, a mesma exigência, não levantaria objeções. Que não poria em causa um acordo de concertação social, porquanto sempre defendera esse mecanismo.
Sabia-se que PCP e Bloco voltariam, como antes, a pedir a ratificação do diploma, pelo Parlamento, porque são contra a medida. Uma questão de política!
Não se sabia é que o PSD também estaria contra e disponível para votar ao lado do PCP e do Bloco.
Sabe-se agora que nem está contra a medida. Nem contra o acordo. Só está contra o PS. Quer afinal é criar conflitos no Governo. Quer provocar a sua queda. Não “está para servir de muleta ao PS”. Mas os interesses do País não estavam primeiro? Sim, mas só quando for governo! Uma questão política? Não. Politiqueira!

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