Luís Correia, reeleito no domingo presidente da Câmara de Castelo Branco, afirmou nas suas primeiras declarações após a confirmação da vitória com maioria absoluta que foi “mais um grande resultado do Partido Socialista”.
“Castelo Branco fica a ganhar”, afirmou o autarca reeleito, prometendo continuar a trabalhar e a dar continuidade à estratégia que tem delineada para o Concelho.
Aplaudido por várias dezenas de militantes e apoiantes que o esperavam na noite de domingo junto à sede do Partido, Luís Correia agradeceu o apoio e afirmou que “vamos continuar a trabalhar pelo Concelho”.
O Partido Socialista (PS) conseguiu conquistar 17 freguesias, as outras duas foram ganhas por movimentos independentes, o que para o autarca “é de relevar e é o reconhecimento do trabalho que ao longo destes quatro anos realizámos nas freguesias”.
O socialista realçou ainda que as dúvidas que alguns quiseram levantar, através de mails, mensagens e cartas anónimas, “uma campanha como nunca tínhamos visto em Castelo Branco”, teve a resposta nas urnas, com a vitória do PS e o reconhecimento do trabalho feito ao longo dos quatro anos.
Hortense Martins, presidente da Federação Distrital do PS, destacou o facto do Partido Socialista continuar a ser “o maior partido de poder local no Distrito. Temos de novo a confiança dos eleitores, temos muito orgulho nas listas que apresentámos e nas conquistas conseguidas”, afirmou a responsável.

“PSD não conseguiu
alcançar os objetivos”
Carlos Almeida, o candidato do Partido Social Democrata (PSD) à Câmara de Castelo Branco, perante os resultados eleitorais de domingo afirma que a leitura é que, “obviamente, há um vencedor, que é o Partido Socialista (PS) e o doutor Luís Correia, a quem, em tempo oportuno enderecei os parabéns”.
Carlos Almeida afirma que “o PSD não conseguiu alcançar os objetivos, que eram muitos claros: ganhar as eleições” e acrescenta que “nesse sentido a vitória é clara do PS”.
Na análise aos resultados eleitorais, Carlos Almeida afirma que “numa leitura mais fina, o facto do PSD ter mais mil votos que em 2013 é importante”, sendo “uma subida que valoriza” e não deixa de considerar que “mesmo no contexto nacional o PSD foi muito penalizado”, pelo que esta subida ganha outra dimensão.
Quanto ao facto da Câmara de Castelo Branco passar de nove para sete vereadores, realça que “o PSD mantém os dois que tinha, enquanto o PS perde dois”, pelo que considera que estes são “sinais que nos estimulam, que dão ânimo para continuar o trabalho”.
Carlos Almeida avança ainda que tanto ele como Hugo Lopes, como vereadores, “vamos dar o nosso contributo pela positiva, com propostas e com soluções em prol do nosso concelho”

CDU fica “triste”
com abstenção elevada
Ana Maria Leitão, a candidata da Coligação Democrática Unitária (CDU) à Câmara de Castelo Branco, começa por afirmar que em primeiro lugar “há que louvar todos os candidatos que tiveram coragem de avançar”, para de seguida apre- sentar “os parabéns a todos os eleitos, incluindo o presidente da Câmara de Castelo Branco”
Realça, depois, que nas Autárquicas de domingo “confirmamos o nosso eleitorado, que é fiel”, não deixando de realçar que “sofremos um abaixamento demográfico no Concelho, com todas as forças partidárias a sofrerem com isso”. Sobre esta matéria realça que “isto também se reflete nos vereadores” e garante, por outro lado, que “este é um efeito que se reflete mais nos pequenos partidos”.
Numa análise à votação, Ana Maria Leitão destaca que a CDU “manteve um eleito tanto na Assembleia Municipal, como na Assembleia de Freguesia de Castelo Branco” e realça que nas assembleias de freguesia de Malpica do Tejo e Lardosa “mantivemos, enquanto na União das Freguesias de Cebolais de Cima/Retaxo conseguimos voltarmos a ter, o que já não acontecia há muito tempo”.
Ana Maria Leitão afirma que “constato uma concentração de votos no Partido Socialista (PS), sublinhando, por outro lado, “uma abstenção elevada, o que nos entristece um pouco, entristece quem anda nas lides partidárias, porque as pessoas não dão importância, não usam a arma que em democracia é o voto”.
Face aos resultados eleitorais espera que “quem foi eleito faça o melhor trabalho possível em prol do Concelho. Faça desenvolver o Concelho como um todo e não olhando apenas para a cidade”, concluindo com o desejo de que “quem está no poder o exerça da melhor maneira”.

Bloco satisfeito com
melhoria dos resultados
Luís Barroso, o candidato do Bloco de Esquerda (BE) à Câmara de Castelo Branco começa por ”evidenciar a serenidade com que decorreu o ato eleitoral”, destacando a importância “do direito das pessoas poderem votar, conquistado com o 25 de Abril”.
Depois desta primeira consideração, Luís Barroso aproveita para “felicitar o Partido Socialista (PS), que mais uma vez conseguiu uma maioria, embora estas sejam prejudiciais à democracia, mas é a vontade das pessoas e temos que respeitar”.
Quanto aos resultados alcançados pelo Bloco destaca que “duplicamos as votações em todos os órgãos. Assim, mantemos um eleitos na Assembleia Municipal de Castelo Branco. Na Assembleia de Freguesia de Castelo Branco não tínhamos representação e passamos a ter” e conclui que “para a Câmara de Castelo Branco não conseguimos eleger um vereador”, mas admite que “isso seria muito difícil, mas duplicamos a votação em comparação com 2013”.
Perante tudo isto afirma que “o trabalho desenvolvido deu os seus frutos. As pessoas querem que o Bloco tenham mais protagonismo no Concelho de Castelo Branco”, aproveitando para reiterar que “o Bloco pensa nas pessoas”, relembrando que “Castelo Branco é gente”, que foi o lema da campanha.
Luís Barroso realça ainda que “a abstenção é preocupante. As pessoas não se preocupam” e, por isso, assegura que “o Bloco vai continuar a batalha da cidadania, para as pessoas se envolveram mais na política, para que a política seja mais participativa”.

CDS/PP considera
o resultado “algo frustrante”
José Pedro Sousa, o candidato do CDS/PP à Câmara de Castelo Branco, realça que nas Autárquicas de domingo, “não obstante a ligeira subida em votação e percentagem, não deixa de ser um resultado algo frustrante para nós, na medida em que tínhamos uma expectativa, que era ser a terceira força política nestas eleições e em conformidade com aquilo que julgamos ter sido uma campanha inovadora, criativa e irreverente”.
Acrescenta que “não foi essa a perspetiva dos eleitores, o que respeitamos” e sublinha que “teremos sido algo penalizados pelo designado voto útil no Partido Social Democrata (PSD), como principal força política de oposição ao Partido Socialista (PS)”.
José Pedro Sousa afirma que “sem prejuízo disso, aproveito agora e publicamente para apresentar os parabéns ao doutor Luís Correia e ao PS, pela vitória nestas eleições, bem como ao professor Carlos Almeida e ao PSD, pelo resultado simpático que vieram a obter”.
Por outro lado, continua, “congratulamo-nos também com a forma digna como decorreram estas eleições, pelo menos no que nos toca a nós, CDS/PP de Castelo Branco”.
José Pedro Sousa realça ainda que “nós, aqui, no CDS/PP, nos orgulhamos da campanha que fizemos. Orgulhamos de ter colocado em cima da mesa e em debate público duas ou três ideias que consideramos de especial relevância para castelo Branco e orgulhamo-nos pela forma empenhada de todos aqueles que nos acompanharam e trabalharam para esta candidatura”, concluindo que isto “constitui um motivo de orgulho para nós”.
António Tavares/Cristina Valente

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