Joaquim Martins
Apontamentos da Semana...
Justiça Social – Escrevo no dia em que se assinala o Dia Mundial da Justiça Social. Foi a 20 de fevereiro de 2007 que a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou o DIA, com a finalidade de “promover esforços para enfrentar questões como a pobreza, a exclusão e o desemprego”.
Na resolução, aprovada por unanimidade, reconhece-se “a necessidade de consolidar os esforços da comunidade internacional no domínio da erradicação da pobreza e no que se refere a promover o pleno emprego e o trabalho digno, a igualdade de género e o acesso ao bem-estar social e à justiça para todos”. Dez anos depois, é doloroso relembrar os objetivos e olhar para um dos títulos que está a marcar o dia de hoje: “Dia Mundial da Justiça Social lembra 150 milhões de trabalhadores migrantes”. Um número assustador e que deve inquietar todos os que se interessam pela saúde da humanidade.
“muitos dos 150 milhões de trabalhadores migrantes enfrentam exploração, discriminação, violência, e não têm acesso às mais básicas das proteções” - reconhece hoje, 20 de fevereiro, o diretor geral da OIT, Guy Ryder, que, no entanto, acredita que “se a migração de trabalhadores for bem governada, justa e eficiente, pode trazer benefícios e oportunidades para os migrantes, as suas famílias, e as comunidades de acolhimento”. Estou tentado a concordar com este responsável da ONU, mas o que verifico é que falta programação e a coragem política de vários países da Europa para olhar o problema de frente.
Em Portugal, são visíveis alguns sinais positivos no sentido de corrigir injustiças, combater a pobreza e atacar o desemprego. Há também experiências positivas no acolhimento de migrantes e refugiados, embora faltem meios para uma inclusão mais rápida e eficaz. Neste dia Mundial da Justiça Social, apraz-me deixar uma saudação especial às ONGs e aos Organismos da Igreja Católica, nomeadamente à Caritas, pelo trabalho desenvolvido nas estruturas de combate à pobreza e à exclusão social e na Plataforma de Apoio aos Refugiados. É também uma questão de Justiça!