ESTA SEMANA FOI MARCADA PELA VISITA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA A ANGOLA, uma visita que ficará para sempre como uma visita de afetos, tal foi o entusiasmo e o calor humano que o rodeou estes quatro dias. Começou pela data escolhida, que não foi coincidência. A começar com o dia de aniversário do Presidente da República de Angola, João Lourenço e a terminar com o aniversário, terceiro, da tomada de posse da presidência de Marcelo. Tudo num registo de euforia e afetos que ultrapassaram as melhores expetativas da comitiva portuguesa, com Marcelo no seu melhor e. pela certa, a recuperar aqui, com as imagens de lá, as taxas de popularidade que tinham vindo a baixar nos últimos meses. Ultrapassado o irritante dos problemas de justiça que envolvia o anterior vice-presidente angolano, agora as relações com Angola voltaram a um caminho fraterno que é do interesse dos dois países soberanos. Disse Marcelo que agora “os importantes do futuro são as questões concretas da vida das angolanas e dos angolanos, das portuguesas e dos portugueses, desse somatório de entre 200 mil a 300 mil que vivem cruzados nos dois territórios e que têm problemas concretos”. E importante também, qualquer que seja o prisma por que se considere, é a vontade e compromisso do governo angolano em pagar as dívidas às empresas portuguesas que assim recuperam a confiança no investimento. E não menos importante, a marcar este novo ciclo, são os cinquenta acordos de cooperação agora assinados a todos os níveis, económicos, financeiros, sociais, culturais, educativos e políticos. Em conclusão, esta visita de Marcelo foi a cereja no cimo do bolo que foi sendo confecionado com a visita anterior de António Costa e depois a de João Lourenço a Portugal.

JÁ É HABITUAL FALAR-SE DA ADMIRAÇÃO QUE SE NUTRE LÁ FORA pela qualidade técnica e capacidade de trabalho dos portugueses. Esta semana, tivemos mais uma demonstração, com a atribuição em Inglaterra do prémio de Melhor Enfermeira a Sílvia Nunes, a única estrangeira a concorrer ao título. Esta jovem de 34 anos decidira sair de Portugal em 2014, depois de andar um ano a tentar trabalho que lhe era recusado por falta de experiência. Em Inglaterra cedo lhe reconheceram as qualidades, inovadora, criativa, apaixonada e a fazer tudo pelos utentes, pelas suas famílias e pela sua equipa, atribuindo-lhe responsabilidades de chefia, vencimento compatível e agora o prémio de melhor enfermeira a laborar em Inglaterra. Como ela outros enfermeiros e médicos têm visto as suas qualidades reconhecidas, ali como na Suíça e recentemente nos países Árabes, que levam perto de três mil enfermeiros, só nos últimos meses, a partirem à procura da qualidade de vida e de uma carreira que provavelmente aqui não encontram e a deixar mais pobre o SNS. Sílvia Nunes questionada sobre se tencionava regressar por estes anos mais próximos a Portugal, respondeu vocês adivinham o quê. Ela está de parabéns, como estão as escolas de formação de excelência como são as nossas.

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