PERTO DE DOIS MILHÕES PARA A OBRA
Requalificação do antigo Teatro de Penamacor tem visto do Tribunal de Contas
O contrato para reabilitação do antigo Teatro de Penamacor já tem visto do Tribunal de Contas. A obra foi adjudicada por deliberação de Câmara, de 11 de janeiro de 2019, pelo valor de 1.988. 749,56 euros mais IVA, com prazo de execução de 730 dias.
A obra é financiada em cerca de meio milhão de euros pelo Plano de Ação de Regeneração Urbana de Penamacor (PARU) e em cerca de 1,6 milhões de euros pela linha de financiamento do Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbanas (IFRRU).
O contrato com a entidade executante foi celebrado a 20 de fevereiro de 2019 e visado pelo Tribunal de Contas a 28 de maio de 2020.
A proposta tem como objetivo final definir os conceitos da reabilitação do edifício existente, propondo a ampliação, que albergará algumas funções essenciais e complementares ao bom funcionamento de um equipamento desta natureza, tais como bilheteira, receção, bengaleiro, instalações sanitárias, bar, camarim e acesso direto à sala polivalente do piso 3.
A Câmara de Penamacor recorda que “o antigo Teatro de Penamacor encontra-se devoluto e necessita urgentemente de ser intervencionado, para que não se perca um excelente exemplar de sala de espetáculos baseado na tipologia de modelo de teatro italiano”.
É também relembrado que “o Antigo Teatro de Penamacor foi fundado pelos sócios do Clube de Penamacor e inaugurado a 14 de novembro de 1912. Foi utilizado como sala de teatro até 1940 e, até 1969, como cinema e teatro. Esta estrutura, apesar de ser um edifício de pequena dimensão e simples na maneira como se apresenta na encosta da vila, é um verdadeiro exemplar de arquitetura cénica descentralizada dos grandes pólos culturais, que merece ser reabilitado e respeitado. Esta reabilitação é importante não só para que prevaleça como elemento histórico e cultural de Penamacor, mas também para retomar a sua função e ser vivenciado por toda a população e, consequentemente, se transformar num equipamento ativo, autónomo e sustentável, evitando ainda a sua completa degradação. Importa referir que a existência deste tipo de equipamentos é escassa no Interior do País. Assim, além da reocupação e preservação do património arquitetónico e dos valores histórico e culturais a ele inerentes, ainda acresce a vantagem de se transformar num equipamento multifuncional, capaz de permitir a promoção de espetáculos de teatro, cinema e outras artes, a realização de colóquios, seminários, oficinas ou encontros temáticos, a promoção do associativismo local, atraindo mais visitantes à vila e aumentando o desenvolvimento da economia local”.