Edição nº 1666 - 25 de novembro de 2020

SÁBADO, ÀS 11 HORAS
Já Leram a Poesia de Natal de Frei Agostinho da Cruz com António Salvado

A Real Associação da Beira Interior, com o apoio da Câmara de Castelo Branco, realiza, no próximo sábado, 28 de novembro, a partir das 11 horas, na Biblioteca Municipal de Castelo Branco, uma palestra intitulada Já leram a poesia de Natal de Frei Agostinho da Cruz pelo poeta António Salvado.
Frei Agostinho da Cruz (1540-1614), Agostinho Pimenta, irmão mais novo de Diogo Bernardes, também poeta de relevo do Século XVI, nasceu em Ponte da Barca. Aos 21 anos fez-se monge capuchinho e durante largas dezenas de anos viveria uma experiência monástica e eremítica na Serra da Arrábida.
Poeta cimeiro na história da poesia religiosa portuguesa, Frei Agostinho da Cruz, que cultivou todos os géneros poéticos renascentistas, sem descurar da tradicional redondilha maior, deixou-nos uma obra de conteúdos sempre de sabor religioso mas de temáticas muito diversas.
Sobre a sua poesia escreve Maria de Lourdes Belchior, da Faculdade de Letras de Lisboa: “O sentido agónico do seu lirismo exprime-se, sobretudo, nos contrastes e antíteses que pejam os seus poemas. O desengano dos homens e a esperança do céu são os contrastes que, decidindo da orientação da sua vida, se enraizaram fundo nos seus versos. Cristo na cruz, Cristo sangrento é a sua devoção maior; o sangue derramado pelas suas culpas leva-o a um desejo de compaixão, a uma espécie de inebriamento que não exclui, antes exige, a luta contra a natureza e a expiação dos pecados”.
E António Salvado, em ensaio publicado há anos e intitulado Itinerário ascético de Frei Agostinho da Cruz e no qual procura estabelecer as várias fases atravessadas pelo solitário da Arrábida até atingir a plenitude de um estado ascético-místico, escreve: “A dolorosa consciência de culpabilidade originadora do remorso mais pungente é uma dominante temática muitas vezes desenvolvida pelo monge capuchinho como um peso esmagador, a certeza do pecado, presente em sua permanência lancinante, se por um lado conduz quase a uma íntima desesperação, por outro age como benéfico ensejo para uma exaltada compenetração na necessidade expiatória”.
Considerando a substância das palavras de Maria de Lourdes Belchior e de António Salvado, mais se avivará em nós a vontade de conhecermos como trata Frei Agostinho da Cruz um tema de sopro tão enternecedor e de contorno tão pacífico como é o do Natal.

25/11/2020
 

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