PSD e USCB querem respostas
Os deputados do Partido Social Democrata (PSD) eleitos pelos círculos eleitorais de Castelo Branco, Cláudia André, e da Guarda, João Prata, pediram explicações ao ministro da Saúde, Manuel Pizarro, sobre as notícias que indicam um possível fecho de blocos de parto nos distritos de Castelo Branco e da Guarda.
Os deputados afirmam que “ao que se sabe, e ainda pela Comunicação Social, o relatório final terá sido apresentado ao Governo e, aquele documento, preconiza o encerramento dos blocos de partos dos hospitais de Castelo Branco e da Guarda, mantendo o bloco de partos do hospital da Covilhã ou, noutras notícias, encerram o de Castelo Branco e da Covilhã e mantêm-se o da Guarda”.
Cláudia André e João Prata não têm dúvidas que a recorrência desta circunstância “é lesiva do bom nome daquelas unidades de saúde e de todos os seus profissionais, desincentiva a eventual deslocação de outros profissionais de saúde nestas e noutras especialidades, fomenta o alarme social e condena aqueles territórios a uma continuada assimetria social e territorial”.
Desta forma para os sociais-democratas e “face ao alarmismo social que foi criado junto das populações importa que o Governo clarifique a sua posição e, para além, da rápida divulgação pública do documento final produzido”.
Sendo assim os parlamentares querem saber se “é ou não intenção do Governo encerrar algum/uns dos blocos de partos supramencionados; é ou não intenção do Governo legislar muito oportunamente para contrariar o alarmismo social que deixou criar nas comunidades referidas; que medidas extraordinárias têm sido tomadas, além da simples abertura de vagas a concurso, para reforçar as equipas médicas de especialistas em obstetrícia?”.
Por seu lado, a União dos Sindicatos de Castelo Branco (USCB) avança, em comunicado, que “é público o estudo que aponta para o encerramento da maternidade no Hospital Amato Lusitano (HAL) em Castelo Branco, com o argumento de que pela A23, qualquer grávida chega à Covilhã em 40 minutos” para questionar se “será que querem que as crianças comecem a pagar portagens antes de nascerem”, bem como se “saberão os estudiosos que em Castelo Branco também nascem crianças da Sertã, Proença-a-Nova, Oleiros, Vila Velha de Ródão, Idanha-a-Nova e Penamacor”.
A Direção da USCB realça que “não pode ficar indiferente ao estudo de régua e esquadro, baseado na existência de uma autoestrada, e que a concretizar-se prejudicará as populações dos concelhos já referidos, e significará mais um desincentivo para a fixação de jovens casais” e defende que “investir no Serviço Nacional de Saúde (SNS) terá de ser a solução”. Nessa perspetiva aponta para a “aposta nos cuidados de proximidade local, dotar o SNS de meios que respondam às necessidades das populações”, porque “investir no SNS é também valorizar as carreiras e as remunerações dos seus trabalhadores”, concluindo que “a USCB e os sindicatos que a integram rejeitam o encerramento da maternidade e exortam os trabalhadores e as populações a defendê-la”.